Literatura, Cultura, Política Portuguesa - LCPP

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Literatura, Cultura, Política Portuguesa

BORGES FIGUEIREDO, A. [Antonio] Cardoso. Logares Selectos nos principais gêneros de discurso prosaico, para uso das escholas. Coimbra: Na Imprensa da Universidade, 1845.

Áreas contempladas: educação (em Portugal e no Brasil, onde a obra talvez tenha sido adotada), literatura, teoria literária (a concepção de literatura a partir dos gêneros), poética clássica, literatura comparada (a presença do classicismo em meio à voga do romantismo em Portugal).

BRANDÃO, Raul. Historia d’um Palhaço (A vida e o diário de K. Mauricio). Lisboa: Livraria de Antonio Maria Pereira-Editor, 1896.

Obra de temática filosófica, a narrativa autobiográfica de Raul Brandão se inscreve no contexto do Simbolismo (sonho, evasão em relação à realidade prosaica). O romance foi posteriormente refundido, sendo publicado em 1926 sob o título de A morte do Palhaço e o Mistério da Árvore , no qual Brandão analisa o mal de la fin du siècle (pessimismo, neurose, obsessão da morte, sentimentalidade mística). Assim, História d’um Palhaço (A vida e o diário de K. Mauricio) seria a primeira versão de A morte do Palhaço , o que torna possível pesquisar as duas obras do ponto de vista da crítica genética e da intertextualidade. Outras áreas contempladas pela digitalização da obra: literatura portuguesa, narrativas do eu, Simbolismo português, romance português.

CASTELLO BRANCO, Camilo. A filha do Arcediago . Terceira Edição. Porto: Em Casa de Luiz Coutinho-Editor, 1868.

A obra digitalizada faz parte das séries Cenas contemporâneas (romances entre 1855- 1856), título que, por seu sabor balzaquiano é eloqüente da evolução realista de Camilo Castelo Branco. O romance, cuja primeira edição é de 1856, tem por contexto o período das invasões francesas com repercussão em Portugal da extinção dos morgadios. Áreas contempladas de pesquisa: literatura portuguesa, Romantismo e Realismo em Portugal, História, romance português. .

A queda d’um Anjo . Edição definitiva revista e corrigida pelo auctor. Illustrações de Condeixa, Heitor & Lallemant . Lisboa/Rio de Janeiro: Campos & Cia Editores, 1887.

A Queda d’Um Anjo , romance satírico publicado em 1866, é uma das mais célebres obras literárias de Camilo Castelo Branco. Nela, o escritor português descreve de maneira caricatural a vida social e política portuguesa do século XIX, com ênfase no desvirtuamento do Portugal antigo. A digitaliza ção da obra atende às áreas de literatura portuguesa, Romantismo português, literatura satírica, História, dentre outras.

CASTILHO, Antonio Feliciano de. Camões . Estudo histórico-poetico liberrimamente fundado sobre um drama francez dos senhores Victor Perrot, e Armand du Mesnil. 2ª. edição copiosamente accrescentada nas notas . Lisboa: Typ. da Sociedade Typographica Franco-Portuguesa, 1863.

Camões , peça dedicada a D. Pedro II, integra o rol de obras (não apenas portuguesas), que tomaram a vida do autor de Os Lusíadas como tema e homenagem. Fato curioso é a composição de Castilho ter sido baseada no aludido “drama francez” de Victor Perrot e Armand du Mesnil, o que permite estudar as duas obras dramáticas no âmbito da literatura comparada, mais exatamente, nos estudos de intertextualidade. Nas notas que acompanham a peça, Castilho informa que Camões foi representada no Rio de Janeiro, em 30 de novembro de 1855, tendo João Caetano no papel principal, o que torna possível a pesquisa a respeito do teatro brasileiro do século XIX, sob a óptica da presença de peças portuguesas nos palcos brasileiros. Além disso, as cartas dirigidas a Castilho, dão notícia a respeito da re presentação da peça (recepção do público, adaptações, elenco, direção, etc). Áreas contempladas pela digitalização da obra: teatro português, adaptação, Romantismo em Portugal.

QUEIROZ, Eça de. Revista de Portugal . Porto: Editores, Lugan & Genelioux, v. I. 1889; v. II 1890; v.III 1890; v. IV 1892.

Fundada em 1889 e dirigida por Eça de Queirós, a Revista de Portugal contou com a colaboração dos mais importantes homens de letras (de Portugal e do Brasil) de seu tempo: Antero de Quental, Fialho de Almeida, Ramalho Ortigão, Moniz Barreto e do próprio Eça, que nela publicou as célebres Cartas de Fradique Mendes. Em 1890, em carta aos leitores, Eça informa que foi preciso “remodelar” o programa original da revista (que pretendia contar apenas com a colaboração de originais portugueses), e recorrer a matérias extraídas de publicações estrangeiras, tendo em vista as dificuldades de colaboração exclusivamente nacional. Saíram desta revista 24 números, que formam 4 tomos de 6 números cada um, circulando de junho de 1889 a maio de 1892. A digitalização dessa importante revista contempla as áreas de Imprensa em Portugal, Revistas literárias portuguesas do século XIX, História, Política, Literatura, Economia (e outras áreas, a partir das matérias publicadas na revista).

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