Religião
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ItemLes Livres du Nouveau Testament(Émile Nourry, 1922) Loisy, AlfredAlfred Loisy (1857-1940) foi um renomado padre e teólogo francês. Ex-seminarista do Grand Séminaire de Chalons-en-Champagne, foi aluno de filosofia e, em seguida, professor do Institut Catholique de Paris, onde, desde cedo, esteve encarregado do ensino do texto bíblico. Doutor em teologia com uma tese sobre a história do cânone do Antigo Testamento, publicou La composition et l’interprétation historique des Livres Saints em 1892, em que já afirmaria a importância do método histórico-crítico na interpretação das escrituras. Em virtude disso, foi obrigado a afastar-se do Instituto, ao que seguiu a sua indicação, através de amigos, para um posto na École Pratique de Hautes Études em Paris. É nesse momento que publica L’Évangile et l’Église (1902), obra de enorme repercussão — há um exemplar na Casa Fernando Pessoa, por exemplo —, e uma das responsáveis pelo que se chamou de “crise modernista”. Loisy seria, como consequência, excomungado em 1908, conforme decreto promulgado pelo Santo Ofício: “todo mundo sabe que o padre Alfred Loisy, morador da diocese de Langres, ensinou e publicou teorias que arruínam o fundamento da fé cristã...” Foi posteriormente nomeado para a cátedra de História das religiões do Collège de France, que ocupará até 1933, período de numerosa produção exegética: de livros como La Naissance du christianisme (1933) e Les Origines du Nouveau Testament (1936), dentre outros. Os Livros do Novo Testamento reúnem a totalidade dos Evangelhos, as cartas de Paulo, o Apocalipse de João, os Atos dos Apóstolos, bem como o Evangelho e o Apocalipse de Pedro, dispostos numa possível ordenação cronológica. Ela provém do aprofundamento da visada histórica de Alfred Loisy, na apresentação erudita à reunião, tanto quanto à cada uma de suas partes.Tal visada diz respeito, sobretudo, à atribuição e datação dos textos. Para Loisy,“com exceção das epístolas de Paulo não há um único texto do Novo Testamento cuja atribuição não seja contestável e a data indecisa” (p.8). O Evangelho teria, inicialmente, consistido num ensinamento oral para, só mais tarde, diante do progresso da religião, assumir a forma escrita. Assim, textos como o Apocalipse de João seriam compilações ou teriam sido escritos, ao menos, por um autor e um editor (p. 559). Segundo Loisy, “homens inspirados emprestaram ao Cristo discursos que ele não havia pronunciado, gestos que ele não havia feito, mas que eles tinha visto; outros podem ter escrito em nome de Pedro ou de Paulo, pondo-se em seus lugares numa espécie de visão ou sem quase se dar conta do que chamaríamos de fraude. Na maior parte dos casos, talvez, o nome suposto seja apenas uma honrada etiqueta para dar valor a tal ensinamento ou regra disciplinar que se julgavam dignas dessa recomendação” (p.11) Nesse sentido, a tradução proposta se serve de colchetes para indicar possíveis interpolações nos textos, assim como pretende-se próxima das variações de estilo do texto original.