História da França
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Navegando História da França por Assunto "França - História - Revolução, 1789-1799"
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Item Discours de Danton(Hachette, 1910) Fribourg, André"André Fribourg (1887-1948) foi um político francês, eleito deputado pelo Departamento de Ain, na região do Rhône-Alpes, para os mandatos parlamentares de 1919-28 e 1932-36. Jornalista, professor de História e historiador, foi autor de livros como Les Martyrs d’Alsace et de Lorraine (Plon-Nourrit et Cie, Paris, 1916), sobre os assassinatos e perseguições cometidos pelos alemães na Primeira Guerra, La Victoire des vaincus (Denoël, Paris, 1938), sobre o posicionamento da França com relação ao governo hitleriano, e L’Italie et nous (Éditions Paul Dupoint, 1947), sobre o sentimento antifrancês na Itália. Discursos de Danton (1910) é uma edição crítica de 37 discursos de Georges Jacques Danton (1759-1794), um dos principais oradores e personagens da Revolução francesa, Ministro da Justiça de agosto a setembro de 1792, deputado da Convenção nacional e guilhotinado face a um processo controverso, em 5 de abril de 1794. Com breve aparato explicativo, prefácio de Gustave Lanson e introdução de André Fribourg que retraça a vida de Danton na perspectiva heroica de críticos como Alphonse Aulard — cuja Histoire politique de la Révolution française (Paris, 1901) é referida em nota, e para quem Danton seria a figura principal da Revolução — Discursos de Danton permite percorrer a sua atividade política de 1790 como tribuno nas Assembleias gerais no Club des Cordeliers, distrito de Saint-Germain-l’Auxerrois, em Paris, até o momento em que é proibido de falar em sua própria defesa, diante do Tribunal revolucionário de 1794, ao qual teria respondido: “que nos levem então ao cadafalso” (p.271). Desse conjunto consta o importante discurso “Sobre a reunião das províncias belgas à França” de 31 de janeiro de 1873, em que expõe, como nos demais discursos, com uma “eloquência revolucionária” talvez imprópria à leitura silenciosa, segundo Lanson, a sua teoria das fronteiras naturais francesas: “Aí estão os limites da França; nenhum poder humano poderá nos impedir de atingi-los, nenhum nos levará a ultrapassá-los (...) Chegamos ao momento em que o universo verá nossos últimos esforços. Esses esforços triunfarão sobre todos.” (p.86)"Item Discours et rapports de Robespierre(Eugene Fasquelle, 1908) Robespierre, Maximilien deMaximilien François Marie Isodore de Roberpierre (1758-1794) foi um dos principais líderes políticos durante a Revolução Francesa, líder do grupo radical Jacobinos. Nasceu na cidade de Arras, em uma família burguesa. Muito aplicado nos estudos, conseguiu uma bolsa e foi estudar Direito em Paris. Interessados por filósofos como Montesquieu, Condillac, Mably e Jean-Jacques Rousseau, tais influência foram decisivas para a sua formação. Em 1781, Robespierre volta para Arras e é eleito deputado na Assembleia dos Estados Gerais, convocada por Luís XVI às vésperas da Revolução e embrião da Assembleia Nacional Constituinte, da qual também participou. Na Assembleia, torna-se líder do partido jacobino (os Montagnards, em francês), facção política radical que defende os interesses da pequena burguesia e dos sans-culotte (artesãos e componeses), e conquistam o poder. Robespierre se tornaria conhecido sobretudo em 1790 quando afirmaria na tribuna da Constituinte de 1789 que todos os franceses deveriam ser admitidos nos empregos públicos sem distinção se não os seus próprios talentos e virtudes. Em 1792, começaria a publicar o jornal Le Défenseur de la Constitution. Foi eleito deputado de Paris para a Convenção nacional, onde teve como adversários Brissot e os Girondinos. Quando os jacobinos ganham o controle do governo, inicia-se o “Período do Terror” (1793 à 1794), marcado por repressão violenta contra os chamados “inimigos do povo”, que eram membros do clero, nobres e girondinos (facção moderada dos revolucionários, acusados de não defender a Revolução), e qualquer um que fosse crítico do novo regime, como o ex-aliado dos jacobinos, Georges-Jacques Danton, que foi executado em 1794. O radicalismo de Robespierre, que o fez um ditador sanguinário, resultou em sua decapitação, em julho de 1794, fruto de um golpe engendrado pelos girondinos. Estes Discursos e relatórios reúnem grande parte das manifestações públicas de Robespierre, começando com uma delas, pronunciada em 5 de fevereiro de 1791 a respeito da organização dos júris, contra o despotismo judiciário e igualdade nos processos, passando por um “Discurso sobre a liberdade de imprensa”, pronunciado na Sociedade dos Amigos da Constituição em 11 de maio de 1791, até o famoso e derradeiro “Discurso do Thermidor” de 26 de julho de 1794.Item Histoire de la société française pendant le directoire(Charpentier, 1899) Goncourt, Edmond et Jules de"Edmond de Goncourt (1822-1896) e Jules de Goncourt (1830-1870) são dois irmãos e escritores franceses que publicaram diversas obras juntos. Iniciaram na vida literária em 1851, quando começaram a escrever um diário em vários tomos até a morte de Jules, em 1870, quando seria continuado por Edmond. Tais volumes representam, atualmente, um importante documento histórico da vida social, literária e política da França do século XIX. Também colaboraram com os jornais L’Éclair e Paris. Publicaram diversos romances, La Lorette, um dos primeiros romances com tons naturalistas, Germinie Lacerteux, o mais notório deles, entre outros. No domínio histórico, o século XVIII, que compreende a Revolução Francesa, foi o século favorito de ambos, com estudos como Histoire de la société française pendant la Révolution (1854), Portraits intimes du XVIII siècle (1857-1858), Madame du Barry (1860), Madame de Pompadour (1878), L’art du XVIII siècle (1859) e La femme au XVIII siècle (1862). Após a morte de Jules, em 1870, Edmond publicou ainda alguns livros: La Fille Élisa (1877), Les Frères Zemganno (1879), La Faustin (1882) e Chérie (1884). E aos domingos após a morte de seu irmão, Edmond reunia escritores e artistas da época. Dentre eles, os primeiros membros da Académie Goncourt, que anualmente atribui o prêmio Goncourt, o mais prestigioso da França. História da sociedade francesa durante o Diretório relata a história social de um período da Revolução Francesa chamado de Diretório. Trata-se de uma forma de governo utilizada pela Primeira República francesa que se estendeu de 1795 a 1799, e de caráter menos democrático, com a adoção do sufrágio censitário e criação de duas câmaras: o Conselho dos Quinhentos e o Conselho dos Anciãos. Diferentemente da perspectiva política, os irmãos Goncourt dedicam-se neste livro, entretanto, a “pintar os costumes, as almas, a cor das coisas, a vida e a humanidade” (p.v), através da consulta a jornais, brochuras, mas também autógrafos, gravuras, desenhos, “monumentos íntimos do que uma época deixa para trás para servir de confissão e ressurreição” (p.vi). Assim, percorrem o amor, que veem a partir de uma espiritualismo coetâneo aos romances de Jean-Jacques Rousseau e Bernardin de Saint-Pierre, a banalização dos divórcios (p.177), o desaparecimento de toda ideia moral do casamento, o “encorajamento à libertinagem”. Do mesmo modo, abrangem desde a moda feminina e masculina, o culto do corpo, o ateísmo, a vida dos teatros e da ópera, no intuito de oferecer um quadro completo dos costumes franceses do período."Item La grande révolution : 1789-1793(P.-V. Stock, 1909) Kropotkine, PierreLa grande révolution (em português: A grande revolução) é uma obra escrita em 1909 por Pierre Kropotkin – geógrafo, escritor e ativista político russo do século XIX, considerado o fundador da vertente anarco-comunista –, apresentada aqui em tradução francesa publicada também em 1909. Neste livro, Kropotkin narra de maneira crítica a história da Revolução Francesa, ocorrida entre os anos de 1789 e 1793, concentrando-se no drama do povo camponês na luta, primeiramente, contra o absolutismo do Ancien Régime e, em seguida, em defesa da tomada de seu próprio destino através dos comitês revolucionários. Para o autor, a história apresenta lacunas por conta dos milhares de fatos e movimentos paralelos que compõem a Revolução, fato que por si só explicaria o grande trabalho a ser ainda realizado. Com vistas a tapar algumas dessas lacunas, o autor debruça-se, então, sobre os levantes dos camponeses em 1789, sobre suas lutas para e contra a abolição dos direitos feudais. Partindo de uma ordem cronológica aparentemente clássica dos eventos, mas valorizando não apenas os eventos em si como também a visão singular do autor - obra tratará do período heroico da Revolução, que se estendeu de maio a outubro de 1789; da luta surda entre a realeza decadente e o novo poder constitucional até junho de 1792; dos esforços empreendidos pelos Girondinos para parar a Revolução até junho de 1793; passando, então, para a Revolução Popular e concluindo com o fim do chamado “regime do terror”: a morte de Robespierre, o triunfo da reação à Revolução, segundo o autor.Item La Révolution et les étrangers : cosmopolitisme et défense nationale(La Renaissance du Livre, 1918) Mathiez, Albert"Albert Mathiez (1874-1932) foi um importante historiador francês. Formado na École normale supérieure em 1897, foi professor no Liceu Voltaire, doutorando-se pouco depois com duas teses orientadas por Alphonse Aulard: La Theóphilanthropie et le culte décadaire: essai sur l'histoire de la Révolution 1796-1801 e Les origines des cultes révolutionnaires (1904). Professor substituto nas faculdades de Caen, Lille e Nancy, antes de conquistar uma cadeira na universidade Besançon, em 1909, lecionou também em Dijon de 1919 a 1926. Membro do Partido Comunista na década de 1920, Mathiez publicaria nesse momento algumas de suas melhores obras, nas quais dedicou considerável atenção à política socioeconômica dos jacobinos. Suas convicções de esquerda e suas declarações em defesa da Grande Revolução Socialista de Outubro o impediram de ser convidado para lecionar na Sorbonne até 1925, quando sucederia Aulard. Fundador, em 1909, da revista Annales révolutionnaires, Mathiez publicou inúmeros estudos, tais quais: La Révolution et l’Église (1911), Les Grandes Journées de la Constituinte (1912), La Révolution et les étrangers (1918), La vie Chère et le mouvement social sous la Terreur (1926), mas sua obra essencial sobre esse panorama foi La Révolution Française (1922-27) em três volumes que foram completados posteriormente por La Réaction thermidorienne (1929) e Le Directoire (obra póstuma, 1934). Uma das principais contribuições de Mathiez foi a revisão das teses de Aulard, destacando o papel essencial de Robespierre na história revolucionária e que resultaria nos Études robespierristes em 2 volumes (1917-1918) e Robespierre terroriste (1921). Em A Revolução e os estrangeiros: cosmopolitismo e defesa nacional, Mathiez percorre, em contraste com guerra de 1914, contemporânea à elaboração do livro, a política da Revolução francesa em relação aos estrangeiros que viviam na França. Concentra-se, sobretudo, no ano de 1793, quando os revolucionários se viram confrontados com um alinhamento das aristocracias internacionais e da Igreja com o que chamou de “privilegiados franceses”. Parte deles teria emigrado para buscar meios para “castigar seus vassalos revoltados” (p.2). Todavia, nenhuma medida teria sido tomada pelos revolucionários com relação aos austríacos e prussianos que permaneceram na França. Isso até outubro de 1793, quando, “contra a vontade”, diria Mathiez, abandonaram o seu ideal humanitário e a perspectiva cosmopolita, adotando medidas de repressão: “despotismo da liberdade para derrotar o despotismo dos reis” (p.190)."Item La Révolution française(Armand Colin, 1922)Albert Mathiez (1874-1932) foi um importante historiador francês. Formado na École normale supérieure em 1897, foi professor no Liceu Voltaire, doutorando-se pouco depois com duas teses orientadas por Alphonse Aulard: La Theóphilanthropie et le culte décadaire: essai sur l'histoire de la Révolution 1796-1801 e Les origines des cultes révolutionnaires (1904). Professor substituto nas faculdades de Caen, Lille e Nancy, antes de conquistar uma cadeira na universidade Besançon, em 1909, lecionou também em Dijon de 1919 a 1926. Membro do Partido Comunista na década de 1920, Mathiez publicaria nesse momento algumas de suas melhores obras, nas quais dedicou considerável atenção à política socioeconômica dos jacobinos. Suas convicções de esquerda e suas declarações em defesa da Grande Revolução Socialista de Outubro o impediram de ser convidado para lecionar na Sorbonne até 1925, quando sucederia Aulard. Fundador, em 1909, da revista Annales révolutionnaires, Mathiez publicou inúmeros estudos, tais quais: La Révolution et l’Église (1911), Les Grandes Journées de la Constituinte (1912), La Révolution et les étrangers (1918), La vie Chère et le mouvement social sous la Terreur (1926), mas sua obra essencial sobre esse panorama foi La Révolution Française (1922-27) em três volumes que foram completados posteriormente por La Réaction thermidorienne (1929) e Le Directoire (obra póstuma, 1934). Uma das principais contribuições de Mathiez foi a revisão das teses de Aulard, destacando o papel essencial de Robespierre na história revolucionária e que resultaria nos Études robespierristes em 2 volumes (1917-1918) e Robespierre terroriste (1921). A Revolução francesa são uma síntese em três volumes da visão de Mathiez, publicada por Armand Collin no momento em que Mathiez é professor na Universidade de Dijon, e reeditada desde então. O volume aqui presente, intitulado La chute de la royauté (1787-1792), é o primeiro deles e trata da queda da poder monárquico, partindo da crise do Antigo Regime, das revoltas parisiense e no interior da França, com a condenação unânime do absolutismo. Para chegar à fuga do rei e tomada do poder político pelos revolucionários, não sem antes passar pela crise financeira pela qual passava o Estado francês, com a crise das manufaturas locais e aumento de preços, e pelo lugar ocupado pela Igreja no período, conforme abordaria em La Révolution et l'Église: études critiques et documentaires (1910).Item Les pamphlets de Marat(Eugène Fasquelle, 1911) Marat, Jean-Paul