Les pamphlets de Marat

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Data

1911

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Editor

Eugène Fasquelle

Resumo

Descrição

"Jean Paul Marat (1743-1793) foi um médico, cientista, jornalista e político francês. Líder do grupo radical Montagnard, foi um importante personagem da Revolução Francesa. Publicou diversos estudos no campo da física, artigos sobre experiências com fogo, luz e eletricidade. No ano de 1780, lança seu Plan de Législation Criminelle (traduzido no Brasil em 2008, editora Quartier Latin), considerado subversivo pelo governo. Seu ingresso na Academia de Ciências foi rejeitado em 1781, acentuando a sua decepção com a aristocracia que estava no poder. Em 1789, fundou o jornal L’ami du peuple, onde defendia reformas básicas para as camadas mais populares da sociedade. Foi condenado diversas vezes, pois era considerado porta-voz do partido jacobino, ala mais radical da revolução. Refugiou-se na Inglaterra nos anos de 1790 à 1791, retornando posteriormente à Paris. Após a proclamação da República e instituição da Comuna de Paris, foi eleito um de seus dirigentes. Seus adversários políticos o acusavam de querer estabelecer uma ditadura com Robespierre e Danton. No ano seguinte, foi assassinado a punhaladas em sua banheira por Charlotte Corday, militante girondina. Sua morte foi retratada pelo grande pintor Jacques-Louis David, em 1793. Os panfletos de Marat são uma reunião de escritos do político francês, apresentados e com notas de Charles Vellay (1876-1953). Trata-se de textos originalmente publicados sob a forma de panfletos e brochuras, e que, portanto, não constaram do jornal dirigido por Marat, o L’ami du peuple, este voltado às notícias do dia e com artigos de menor dimensão. Segundo Vellay, estariam, assim, a meia distância de obras políticas de maior fôlego, como Les Chaînes de l’esclavage (1774), e os escritos de jornal. São textos, contudo, que permitem tomar contato com algumas de suas ideias principais, uma delas: a necessidade, “quando todos os departamentos da administração estão corrompidos”, de um ditador, para “armar a força pública e castigar os culpados” (p.155). Mas permitem também acompanhar a evolução do pensamento político de Marat. Se os primeiros deles, ainda em 1789, como Offrande à la Patrie e Supplément de l’Offrande à la Patrie, trariam, por exemplo, elogios a Luís XVI e Necker, como assinala Vellay na introdução — para Marat, os inimigos do Estado seriam, àquela altura, os grupos privilegiados, e não o rei e o primeiro ministro (p.x) —, outros publicados em 1790, veriam em Necker um conspirador, como no longo panfleto “Dénonciation contre Necker”."
Avec une introduction et des notes par Charles Vellay

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