La Révolution et les étrangers : cosmopolitisme et défense nationale

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1918

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La Renaissance du Livre

Resumo

"Albert Mathiez (1874-1932) foi um importante historiador francês. Formado na École normale supérieure em 1897, foi professor no Liceu Voltaire, doutorando-se pouco depois com duas teses orientadas por Alphonse Aulard: La Theóphilanthropie et le culte décadaire: essai sur l'histoire de la Révolution 1796-1801 e Les origines des cultes révolutionnaires (1904). Professor substituto nas faculdades de Caen, Lille e Nancy, antes de conquistar uma cadeira na universidade Besançon, em 1909, lecionou também em Dijon de 1919 a 1926. Membro do Partido Comunista na década de 1920, Mathiez publicaria nesse momento algumas de suas melhores obras, nas quais dedicou considerável atenção à política socioeconômica dos jacobinos. Suas convicções de esquerda e suas declarações em defesa da Grande Revolução Socialista de Outubro o impediram de ser convidado para lecionar na Sorbonne até 1925, quando sucederia Aulard. Fundador, em 1909, da revista Annales révolutionnaires, Mathiez publicou inúmeros estudos, tais quais: La Révolution et l’Église (1911), Les Grandes Journées de la Constituinte (1912), La Révolution et les étrangers (1918), La vie Chère et le mouvement social sous la Terreur (1926), mas sua obra essencial sobre esse panorama foi La Révolution Française (1922-27) em três volumes que foram completados posteriormente por La Réaction thermidorienne (1929) e Le Directoire (obra póstuma, 1934). Uma das principais contribuições de Mathiez foi a revisão das teses de Aulard, destacando o papel essencial de Robespierre na história revolucionária e que resultaria nos Études robespierristes em 2 volumes (1917-1918) e Robespierre terroriste (1921). Em A Revolução e os estrangeiros: cosmopolitismo e defesa nacional, Mathiez percorre, em contraste com guerra de 1914, contemporânea à elaboração do livro, a política da Revolução francesa em relação aos estrangeiros que viviam na França. Concentra-se, sobretudo, no ano de 1793, quando os revolucionários se viram confrontados com um alinhamento das aristocracias internacionais e da Igreja com o que chamou de “privilegiados franceses”. Parte deles teria emigrado para buscar meios para “castigar seus vassalos revoltados” (p.2). Todavia, nenhuma medida teria sido tomada pelos revolucionários com relação aos austríacos e prussianos que permaneceram na França. Isso até outubro de 1793, quando, “contra a vontade”, diria Mathiez, abandonaram o seu ideal humanitário e a perspectiva cosmopolita, adotando medidas de repressão: “despotismo da liberdade para derrotar o despotismo dos reis” (p.190)."

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