O terremoto de Lisboa

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Data

1874

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Editora de Mattos Moreira & Cia

Resumo

Manuel Pinheiro Chagas (Lisboa, 13 de novembro de 1842 – Lisboa, 8 de abril de 1895), historiador, jornalista, dramaturgo, tradutor, político português, destacou-se como escritor de inúmeros romances históricos. Iniciou a carreira literária na poesia, publicando em 1865 a coletânea Poema da Mocidade, cujo prefácio, assinado por Antônio Feliciano de Castilho, desencadeou a chamada Questão Coimbrã. Escritor de grande popularidade na época, pouco de depois de sua morte, Pinheiro Chagas caiu em quase total esquecimento, para o qual contribuíram as polêmicas que manteve com Eça de Queirós. Ao eleger o romance histórico como narrativa romântica, a intenção de Chagas era disputar espaço com o romance realista/naturalista, já consolidado em Portugal. Para a sensibilidade romântica, o romance histórico vai tanto ser instrumento de formação histórica, como ajudar na consolidação na literatura nacional. Não por acaso O Terremoto de Lisboa, publicado em Lisboa, pela Livraria Editora de Matos Moreira & Cª. , em 1874, integra o selo dos “Romances Nacionais”, criado pela editora lisboeta. Depois do Liberalismo, os romancistas abandonaram os temas medievais e passaram a dar preferência a assuntos mais atuais, que tivessem ocorrido num tempo mais próximo do leitor. Dentre as preferências históricas dos românticos da primeira geração, a administração pombalina era um dos acontecimentos-chave que explicaria a decadência do país, na segunda metade do século XIX. Ao retomar esse período do passado português, Pinheiro Chagas explora na trama, a personalidade enérgica e astuta de Pombal, que exerce muita ascendência sobre o espírito passível e influenciável de D. José I. Ao longo dos vinte e três capítulos do romance, Chagas focaliza o reinado deste monarca, como um dos períodos de maior crescimento nacional, embora marcado pelo terremoto de 1755, que quase chegou a destruir completamente a cidade de Lisboa, fato que veio por à prova o espírito pragmático do marquês de Pombal, que ordenou a imediata reconstrução da capital do país.
Também conhecida como a Questão do Bom Senso e Bom Gosto, foi uma das mais importantes polêmicas literárias portuguesas, que se teve ínício em Coimbra, em novembro de 1865 e se estendeu até julho do ano seguinte, e da qual participaram, dentre outros, Antero de Quental, Pinheiro Chagas, Antônio Feliciano de Castilho e Teófilo Braga, intelectuais que vinham reagindo contra a degenerescência romântica e o atraso cultural de Portugal.

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