O bandido do Rio das Mortes

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Data
1904
Autores
Bernardo, Guimarães
Journal Title
Journal ISSN
Volume Title
Publisher
Imprensa Official do Estado de Minas Gerais
Resumo
Bernardo Joaquim da Silva Guimarães (Ouro Preto, MG, 10 de março de 1825 - Ouro Preto, MG, 10 de março de 1884), advogado, jornalista, poeta, romancista, produziu vasta e diversificada obra literária, cultivando a feição urbana, a regionalista-sertanista, a indianista e a histórica. Dessa última modalidade, destaca-se O Bandido do Rio das Mortes, romance histórico em continuação ao Maurício ou Os Paulistas em S. João d’El-Rey (1877), e nos quais aborda o episódio da Guerra dos Emboabas. Publicado em 1904, pela Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, O Bandido do Rio das Mortes veio ao público graças aos esforços da viúva Teresa Guimarães, que logrou reaver trechos esparsos do romance, e do padre Pio de Sousa Reis, que conseguiu autorização do Congresso Mineiro para a impressão do trabalho por conta do Estado de Minas Gerais, como informa Afonso Celso no prefácio do livro. No processo de elaboração dos romances Maurício e O Bandido do Rio das Mortes, Bernardo Guimarães percorreu a região de São João del Rei (hoje Tiradentes), conversando com tropeiros e garimpeiros em busca de informações acerca dos costumes, tradições e linguagem do sertão mineiro. Inspirado na ficção praticada por José de Alencar, O Bandido do Rio das Mortes, ao contrário do que faria supor o título do romance, explora a paixão de Maurício por Leonor, filha do capitão-mor, também cortejada pelo fidalgo Fernando, e o profundo ódio entre os bandeirantes, conquistadores das minas de ouro das Minas Gerais, e os reinóis, pano de fundo em torno do qual se constrói o universo ficcional calcado em poucas situações e tipos humanos, movidos por um psicologismo esquemático.
A Guerra dos Emboabas foi um confronto travado, de 1707 a 1709, entre os bandeirantes paulistas e os portugueses e migrantes das demais partes do Brasil, sobretudo da costa leste nordestina (grupo apelidado de “emboabas” pelos paulistas), pelo direito de exploração das recém-descobertas jazidas de ouro, na região de Minas Gerais.
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