A pátria portugueza: o território e a raça

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Data

1894

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Editor

Ernesto Chardron

Resumo

Joaquim Teófilo Fernandes Braga (Ponta Delgada, 24 de fevereiro de 1843 – Lisboa, 28 de janeiro de 1924), político, escritor, jornalista e ensaísta português, defende na obra A Pátria Portuguesa. O Território e a Raça, publicada no Porto, pela Livraria Internacional de Ernesto Chardron, em 1894, a tese do moçarabismo ou teoria racial para explicar a diferença essencial entre os portugueses e os povos ibéricos. A matriz ideológica do livro é identificada na dedicatória a Teixeira Bastos (1857-1902), um dos introdutores em Portugal do positivismo de Augusto Comte, além de fundador e diretor, juntamente com Braga, do periódico O Positivismo. Ao longo do livro A Pátria Portuguesa, Teófilo é defensor da indivisibilidade política de Portugal, em virtude das suas características geográfico-naturais e etnoculturais e da sua dimensão espacial (“pequenez do território”). Comungando o pessimismo e o sentimento de decadência que pesou sobre a sua geração, Teófilo é de opinião que para um país em estado de apatia e decomposição, como era o caso de Portugal na época, a única salvação é a solução positiva e republicana. Daí o sentimento patriótico que percorre a obra, na qual brada contra “a anarquia dos poderes públicos”, e apela para a necessidade de “revivificar o sentimento da Pátria”, porque só ele é que poderá suscitar os altos caracteres e as “capacidades organizadoras”. Em relação ao critério racial na compreensão da nacionalidade portuguesa - conforme proposta de Braga -, polemizaram Alexandre Herculano, Antero de Quental e, principalmente Oliveira Martins, que defendiam que Portugal teria sido formado por vontade política dos reis, e não por determinação racial ou territorial. Contra a posição de Teófilo Braga também se levantou Sílvio Romero, em A Pátria Portuguesa, o território e a raça. Apreciação do livro de igual título de Teófilo Braga (1906), obra dedicada a Alexandre Herculano e Antero de Quental, e na qual Romero busca filiar-se à facção dos opositores de Teófilo em Portugal.

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