Obras poéticas de Manoel Ignácio da Silva Alvarenga

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Data

1864

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B. L. Garnier

Resumo

Poeta, advogado, professor de Retórica e Poética, membro da Sociedade Literária do Rio de Janeiro (1786), entusiasta das ideias revolucionárias procedentes da França, Manuel Inácio da Silva Alvarenga (Ouro Preto, MG, 1749 – Rio de Janeiro, RJ, 1º. de novembro de 1814) entrou para a história literária brasileira como autor de destaque do Arcadismo assim também por ter participado da chamada Inconfidência Mineira, motivo por que submetido à Devassa, foi preso em 1794, e posto em liberdade em 1797. Em decorrência desse episódio, grande parte da obra de Silva Alvarenga desapareceu, sendo conhecidos apenas os poemas que o poeta mineiro publicou em vida, como O Desertor das Letras (Coimbra, 1774) e Glaura (Lisboa, 1801) ou os que andavam dispersos no jornal O Patriota (1813-1814) e no Parnaso Brasileiro (1809-1811), editado por Januário da Cunha Barbosa. É quando entra em cena Joaquim Norberto de Sousa Silva, editor das Obras Poéticas de Manoel Ignacio da Silva Alvarenga (Alcino Palmireno), que saíram pela Garnier, em 1864, volume fartamente anotado e precedido da crítica de escritores nacionais e estrangeiros, além de trazer uma notícia biográfica sobre o autor e o interrogatório a que foi submetido na Devassa de 1794. A organização das obras de Silva Alvarenga integra o projeto idealizado por Norberto - “Brasília” -, “Biblioteca Nacional dos Melhores Autores Antigos e Modernos”, sob o patrocínio de D. Pedro II, e no interior do qual já havia saído, em 1862, a Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga. Na edição das obras coligidas de Silva Alvarenga, destaca-se tanto o poeta árcade, cultor da poesia encomiástica, no exemplo do soneto “A Estátua Eqüestre do Rei Dom José I no Dia de sua Inauguração”, e da epístola poética inspirada em Ovídio, a heroíde “Theseo a Ariadna”, quanto o poeta do americanismo, na exploração de temas e imagens nutridos de natureza brasileira, como o idílio “A Gruta Americana”, dedicado a Basílio da Gama.
A Inconfidência Mineira, também conhecida como Conjuração Mineira, foi uma tentativa de revolta de natureza separatista ocorrida, entre 1788-1789, na então capitania de Minas Gerais, contra, entre outros motivos, a execução da derrama (pagamento complementar de cem arrobas de ouro, extensivo a toda a população) e o domínio português.

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