Torrentes: últimos versos de Theophilo Braga
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Data
1869
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Carneiro e Moraes
Resumo
Joaquim Teófilo Fernandes Braga (Ponta Delgada, 24 de fevereiro de 1843 – Lisboa, 28 de janeiro de 1924), político, escritor, jornalista e ensaísta português, foi, sem dúvida, muito mais crítico erudito do que um criador literário. Mas, em início de carreira, a começar pelas Folhas Verdes (1859), tímida imitação das Folhas Caídas, de Almeida Garrett, os rumos de sua obra pareciam sinalizar a opção pela poesia, a exemplo do livro Torrentes. Últimos versos, publicado no Porto, pela casa Carneiro e Moraes Editores, em 1869. O subtítulo “últimos versos” indica que, com essa obra, Teófilo Braga vinha fechar o ciclo formado por Visão dos Tempos (1864), livro inspirado diretamente na Legenda dos Séculos, de Victor Hugo, Tempestades Sonoras (1864), sob clara influência de Os Mártires, de Chateaubriand, e A Ondina do Lago (1866), ambientado na Idade Média francesa, durante o período dos ciclos cavalheirescos. Em Torrentes, influenciado pela Ciência Nova, de Giambattista Vico (1668-1744), Braga dá prosseguimento ao projeto de compor uma epopeia cíclica da humanidade, conforme o plano geral da Visão dos Tempos, exposto no quadro sinóptico, que acompanha o prefácio da obra, e no qual o poeta se propos a captar em versos a essencialidade do classicismo, do judaísmo e do cristianismo.