Literatura, Cultura e Política Brasileira - LCPB

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Literatura, Cultura, Política Brasileira


CELSO, Affonso. Aos Monarchistas (encadernado com Aventuras de Manuel João ). Rio de Janeiro: Domingos de Magalhães Editor, 1895.

A edição/encadernação do panfleto Aos monarquistas e do romance Aventuras de Manuel João , de Afonso Celso, formando uma só obra, sugere estudo comparativo entre literatura e política. Com a inclusão do romance, a edição de Domingos de Magalhães oferece a oportunidade de o leitor entrar em contato com a faceta literária do escritor, mais conhecido como monarquista que acompanhou o pai (Afonso Celso de Assis Figueiredo/Visconde de Ouro Preto) no exílio de D. Pedro II. Afonso Celso integrou o grupo de intelectuais da 1ª. República, empenhados em projetos pedagógicos com vistas a “corrigir” o principal “defeito” do povo brasileiro: a falta de educação. Daí a proliferação de livros de leitura, após a proclamação da República, empenhados em divulgar e criar os símbolos e metáforas da nova imagem do Brasil, por intermédio da literatura infantil. Dentre outras obras dessa natureza, Afonso Celso é autor, como se sabe, de Porque me ufano de meu país , obra destinada às crianças em idade escolar, empenhada em reiterar as vantagens de sermos brasil eiros, em contraponto às teorias que afirmavam nossa inferioridade. Pesquisa interessante (que poderia se inscrever nas áreas de educação, história, literatura, política) seria aproximar a produção literária de Afonso Celso desse projeto educativo e nacionalista . A digitalização de Aos monarquistas e Aventuras de Manuel João torna acessíveis trabalhos de Afondo Celso que não ganharam edições posteriores a 1895, implementando pesquisas nas áreas da história, política e literatura.

Primeiro Livro de Latinidade contendo grammatica exercícios e vocabulário. Baseados no methodo de constante imitação e repetição por John M’Clintock e George R. Crooks. Traduzido da 8ª. edição para uso dos alumno s do Imperial Collegio de Pedro II pelo Dr. Lucindo Pereira dos Passos. 3ª. edição. Rio de Janeiro: Livraria Nicolau Alves, 1885.

A digitalização do Primeiro Livro de Latinidade , de John M’Clintock e George Crooks , , na tradução de Lucindo Pereira dos Passos (escritor , latinista, jornalista, músico, compositor, médico do exército na Guerra do Paraguai) torna acessível uma obra que atende, entre outras, às áreas da cultura (o prestígio da língua e literatura latinas na formação da dos jovens alunos), da educação, inclusive, no âmbito institucional (projeto pedagógico do colégio D. Pedro II), do ensino de língua estrangeira, em particular, a metodologia (imitação e repetição), da tradução de obras estrangeiras (no caso, didáticas), da influência dos Estados Unidos (e não apenas da França) nos projetos educacionais brasileiros.

ROMERO, Sylvio. Cantos Populares . Colligidos por... Segunda edição melhorada. Rio de Janeiro/S. Paulo: Livraria Clássica de Alves & C omp., 1897.

Coletânea de contos da tradição popular, de várias origens e de autores desconhecidos, nascidos do relacionamento entre as diversas etnias que formaram o povo brasileiro (branco, índio, negro). Originalmente publicada em Lisboa, na Nova Livraria Internacional, em 1885, a obra Cantos Populares foi revisada e publicada no Rio de Janeiro, pela Livraria Clássica de Alves & Comp. A obra digitalizada é a 1ª. edição produzida no Brasil, de importância para a pesquisa da literatura popular, folclore, cultura brasileira, estudos sobre Sílvio Romero, de ntre outras áreas.

VARELLA, L. N. Fagundes. Obras Completas . Edição organizada e revista, e precedida de uma noticia biographica por Visconti Coaracy e de um estudo critico pelo Dr. Franklin Távora. Rio de Janeiro: Garnier, v.1 1 892; v. 2 1892; v. 3 1889.

O projeto de organização das obras completas de Fagundes Varela, levado a cabo por Visconti Coaracy, reuniu o acervo de todas as edições do autor então esgotadas, cabendo a Franklin Távora escrever um dos primeiros ensaios a respeito de toda a obra vareliana. A digitalização da edição de 1889/1892 das Obras Completas de Fagundes Varela atende às áreas da literatura brasileira, em particular, da poesia romântica, da crítica literária, da teoria literária (constituição do cânone nacional), da história literária, da biografia de figuras literárias, da literatura comparada (influência de Byron).

[sem nome do autor] Compêndio de litteratura . São Paulo: Typrographia da Industrial de S. Paulo, 1898.

A digitalização da obra atende à área da teoria literária, via manual de literatura, a partir do qual o organizador concebe o ensino da literatura com base na definição de conceitos (o que é literatura, memória, gênio, valor, imitação) e instituição de regras (gêneros,tropos, figuras). Também a área da educação pode ser contemplada pela digitalização da obra que, no emprego do método de perguntas e respostas, enquanto prática de ensino dos conhecimentos literários, simula a relação professor/aluno.

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    Obras completas de L. N. Fagundes Varella
    (Garnier, 1889) Varela, Fagundes; Coaracy, Visconti; Távora, Franklin
    Fagundes Varela (1841-1875), nascido em Rio Claro, RJ, em 17 de agosto de 1841, era filho do Dr. Emiliano Fagundes Varela e de Emília de Andrade. Matricula-se na Faculdade de Direito, mas, preferindo a vida boêmia e a literatura, nunca termina o curso. Casa-se com a artista de circo Alice Guilhermina Luande e a morte de seu primeiro filho intensifica o alcoolismo e a vida desregrada do escritor, mas também sua inspiração criadora, ocasionando a composição de belíssimos poemas, como “Cântico do Calvário”, por exemplo. Apesar do sofrimento ser dominante em sua poesia, Varela também aborda temas como o patriotismo e o abolicionismo. Casa-se pela segunda vez e tem outros três filhos, dos quais um também falece prematuramente. Nunca abandona a boemia e passa o fim da vida em Niterói, onde falece em 1875. Na Biblioteca Brasiliana da USP, é possível encontrar uma série de volumes da poesia de Fagundes Varela.
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    Cantos populares do Brasil
    (Classica de Alves & Comp., 1897) Romero, Sylvio
    Silvio Romero (1851-1914), filho do português André Ramos Romero e de Maria Joaquina Vasconcelos da Silveira, nasceu em Lagarto, SE, em 21 de abril de 1851, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de julho de 1914. Formou-se na Faculdade de Direito de Recife ao lado de Tobias Barreto e de outros estudantes que buscavam uma renovação na mentalidade brasileira. Inicialmente positivista, Romero vai se afastando da filosofia de Comte e se aproximando do evolucionismo de Herbert, em busca de métodos objetivos de crítica literária. Foi jornalista, promotor, deputado, juiz e professor, além de um pesquisador bibliográfico minucioso que ganhou grande respeito na imprensa carioca. Era membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, membro da Academia Brasileira de Letras, sendo sua contribuição à historiografia literária brasileira umas das mais consideráveis de seu tempo. Na biblioteca da University of Toronto Libraries, hospedada em Archieve.org, é possível encontrar um perfil de Sílvio Romero por Arthur Guimaraes, publicado em 1915. Na coleção de obras digitais da Biblioteca Nacional de Portugal também é possível localizar outras obras de Sílvio Romero, inclusive em parceria com Arthur Guimaraes. A Biblioteca Brasiliana da USP também possui um grande acervo com obras do autor, incluindo a polêmica que ele estabeleceu com José Veríssimo e que foi publicada com o título de Zéverissimações ineptas da critica : repulsas e desabafos. Cantos Populares do Brazil, segunda edição melhorada da Livraria Clássica de Alves de Comp., de 1897. O volume inicia-se com uma “Introducção”, seguida já pela primeira das quatro séries de cantos populares do Brasil que compõem o livro: I. Romances e xacaras; II. Bailes, cheganças e resados; III. Versos Geraes e IV. Oraçoes e parlendas. “Primeira série de cantos populares do Brasil – romances de xacaras”. Ao final, o volume traz uma “Nota indispensavel”, escrita pelo próprio Sylvio Romero e um índice das obras presentes em cada série de cantos.
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    Compendio de litteratura
    (Typographia da Industrial de São Paulo, 1898)
    Obra editada pela Typographia da Industrial de São Paulo, em 1898, o exemplar inicia-se com definições de literatura, belas artes e outros esclarecimentos, como qual seria o objeto da literatura, como se podem encarar as regras relativas à Composição Literária, dentre outros. O volume é inteiro estruturado em esquema de perguntas e respostas e é dividido em duas partes: I. “Regras Geraes” e II. “Regras particulares a cada especie de Composição”, cada uma delas organizada por sessões, artigos e capítulos. Ao final, a edição não apresenta índice nem informações adicionais.
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    Aos Monarchistas
    (Domingos de Magalhães, 1895) Celso, Afonso
    Affonso Celso de Assis Fihgueiredo Junior (1860-1938), nascido em Outro Preto, MG, em 1860, filho do Visconde de Ouro Preto, último Presidente do Conselho de Ministros do Império, e de D. Francisca de Paula Martins Toledo, formou-se bacharel em direito em São Paulo. Ocupou inúmeros cargos públicos, como Inspetor da Tesouraria, Procurador Fiscal da Fazenda Geral da Província, Ministro da Marinha e Ministro da Fazenda, promovendo importantes inovações que firmaram a política econômico-financeira no país. Assim, considerável parte de sua bibliografia trata de uma literatura política, destacando-se, por exemplo, As finanças do Império (1876), Discurso pronunciado em sessão da câmara quatrienal de 18.04.1879. (1879) e Relatório - exercício de 1879-80 (1880). Foi, ainda, um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras e do Jornal do Brasil, onde publicou seus artigos por mais de trinta anos. Em 1900, publicou Porque me ufano de meu país, lançando a expressão ‘ufanismo’ para tratar do amor à pátria. Morreu em 1938, no Rio de Janeiro, deixando abrangente obra publicada que inclui teatro, crítica, história, trabalhos jurídicos, conferências e discursos. Aos Monarchistas, edição da Livraria Moderna, de 1895, em capa dura. Precedendo o início da obra, apresenta-se apenas uma página de informações do autor sobre os dois artigos, Aos Monarchistas e Aventuras de Manuel João. De cunho político, a obra se inicia com o capítulo de indagação “Será possivel a restauração da monarchia?”, pergunta imediatamente respondida de acordo com o ponto de vista do autor e desenvolvida ao longo da obra. Sem índice ou outras informações relevantes. Um dos mais conhecidos volumes de Affonso Celso, no discurso ele discute as possibilidade de resgatar a monarquia e conclama os partidários a se unirem para reconduzir o país aos rumos do Império. Ainda que tenha defendido ideais republicanos durante a monarquia e tenha sido monarquista durante a República, Affonso Celso sempre foi, na verdade, um dos grandes nacionalistas brasileiros, tendo escrito, inclusive, o volume Porque me ufano de meu país. Na Biblioteca da University of Toronto Libraries, hospedada em Archieve.org, é possível localizar, ainda, as obras Um Invejado (Volume 1) e Um Invejado (Volume 2), além de Contradictas Monarchicas, de 1896, em que responde a artigos publicados em jornais da época e que repercutiam suas posições monarquistas.
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    Primeiro livro de latinidade contendo grammatica exercícios e vocabulários : baseados no methodo de constante imitação e repetição
    (Nicolau-Alves, 1885) McClintock, John; Crooks, George R; Passos, Lucindo Pereira dos