Le socialisme ouvrier

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Data

1911

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V. Giard et E. Brière

Resumo

"Hubert Lagardelle (1874-1958) foi um teórico francês do sindicalismo revolucionário. Participou da fundação de revistas como La Jeunesse socialiste (1895), Prélude (1932), em parceria com Pierre Winter, e Le Mouvement socialiste (1899-1914), grande referência da história do socialismo francês, que contou com a colaboração de autores e políticos como Jean Jaurès, Karl Kautsky, Marcel Mauss e Jean Longuet. Tendo aderido com apenas 22 anos ao Partido Operário Francês de Jules Guesde em 1896 e contribuído para a constituição da ideologia sindicalista revolucionária no início do século XX, Lagardelle foi militante do Sindicato CGT e favorável à greve geral, contrariando Jean Jaurès, com quem romperia em 1908. Fascinado posteriormente pelo fascismo italiano, assim como outros membros da ala esquerda do movimento operário ou sindicalistas revolucionário à exemplo de Gustave Hervé, Lagardelle se tornaria ministro do trabalho do governo de Pierre Laval, entre 1942 e 1943, durante o regime de Vichy. Ao sair do governo, torna-se colaborador no jornal La France Socialiste, jornal de esquerda. Em 1946 é condenado à prisão perpétua, vindo a falecer em 1958. Foi autor de La Question agraire et le socialisme (1899), L’Évolution des Syndicats ouvriers en France (1900), Les Intellectuels devant le Socialisme (1901), dentre outros. O Socialismo operário, livro de 1911, é uma reunião de textos e conferências de Lagardelle cujo tema central é a pergunta sobre se o socialismo deveria “provir das instituições operárias ou dos partidos políticos”, à qual responde já no prefácio: “o socialismo é obra das organizações econômicas, não dos clubes políticos” (p.x). Trata-se, assim, de um antagonismo que seria desdobrado ao longo de todo o livro: entre economia e política, classe e partido, cidadão e produtor, democracia e socialismo. Em diálogo com diversos interlocutores e acusações, como à Ação Francesa, que teria visto em suas ideias, em virtude de sua crítica à democracia, um neomonarquismo, Lagardelle, já na primeira parte, retornaria em vários momentos a Marx, para explicitar, por exemplo, o quanto o projeto de uma democracia social serviria na França apenas a atenuar antagonismos de classe (p.5). Afirmaria, igualmente, ser o lugar da luta operária sobretudo a criação de instituições como sindicatos e cooperativas, em oposição a um socialismo de Estado que denunciaria em inúmeras frentes, como em seus projetos de monopólio do ensino (p.27) ou aparato burocrático (p.416). Na segunda parte, intitulada, “Sindicalismo e socialismo”, Lagardelle insistiria na necessária autonomia do movimento operário, mas não sem transitar por outros temas, como a oposição entre socialismo nacional e internacional (p.220), que lhe permitira criticar a socialdemocracia alemã como responsável pelo “espírito mercantil dos sindicatos”, imitando “processos administrativos da burguesia comercial” (p.230). Do mesmo modo, apartaria a sua visão do socialismo operário das trade unions inglesas, do socialismo parlamentar e do anarquismo (p.326 e ss), que veria como teórico, menos realista do que a experiência sindical."

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