De l'amour : selon les lois primordiales et selon les convenances des sociétés modernes

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1911

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Sénancour (1770-1846) foi criado primeiramente por sua mãe em Paris, contudo, sua educação prosseguiu na casa de um padre do campo, perto de Ermenonville, em Fontaine Châalis, onde descobriu a obra de Rousseau. Melancólico e solitário, sofreu agressões de seus colegas no colégio. Em 1789, instalou-se na Suíça como refugiado a fim de escapar do seminário, fez um casamento infeliz e viu sua saúde piorar. Volta a Paris em 1795, quando publica Aldomen, ou le Bonheur dans l'obscurité. Em 1799 publica Rêveries sur la nature primitive de l'homme, obra na qual alterna a contemplação das paisagens da montanha, expressão da melancolia, desejo de mudar a sociedade. Com Obermann, obra publicada em 1804, conquistou a glória junto aos românticos. Sua amargura se expressa por meio do diário de um herói infeliz, devastado pelo tédio, pelas dúvidas e pelas inquietudes. Devaneios e descrições da natureza acumulam-se, como nas Rêveries de Rousseau. Sainte-Beuve e George Sand louvaram o romance, passado quase despercebido, apesar de toda a atenção de Charles Nodier. Vivendo de pequenos trabalhos e do jornalismo, Sénancour também colaborou com a Bibliographie universelle des contemporains. De l'Amour é um pequeno tratado, publicado em 1806, no qual o autor estuda o amor e as diversas questões que a ele se ligam, do ponto de vista da razão e da consciência natural, fora das doutrinas difundidas e consagradas pelos religiosos e políticos. Nesta obra, posiciona-se contra a reação filosófica e religiosa que começa com Chateaubriand, seu espírito de observação e de análise é semelhante ao de Montesquieu e a eloquência emocionada aproxima-se de J. J. Rousseau. Enfim, muitos paradoxos se misturam, dando origem a uma “ciência profunda do coração humano”.

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