Le génie latin

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Data

1913

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A. Lemerre

Resumo

Jacques Anatole François Thibault, mais conhecido como Anatole France, foi um dos maiores escritores franceses da época da Terceira República. Nasceu em Paris, em 16 de abril de 1844, e faleceu em Saint-Cyr-sur-Loire, em 12 de outubro de 1924. Foi considerado também um dos mais importantes críticos literários de sua época. Seu pai, François Noël Thibault, homem modesto e simples, possuía uma livraria especializada em livros e documentos sobre a Revolução Francesa, frequentada por muitos escritores e estudiosos. Dessa forma, Anatole France cresceu em um ambiente bastante erudito, o que despertou seu gosto pelos livros. Apresentando um íntimo conhecimento do período revolucionário, deu a muitos de seus romances e contos tal plano de fundo. De 1853 à 1862, estudou nas instituições Sainte-Marie e Stanislas, na França; sofreu bastante preconceito por ser pobre em um meio rico, mas se tornou muito conhecido pelos seus escritos. Desde o início dos anos 1860, trabalhou para várias revistas e livreiros, mas sua carreira literária começou com a poesia e foi um dos discípulos do poeta francês Leconte de Lisle. Ele foi considerado um dos escritores de maior e mais significativa consciência de seu tempo por envolver em seus escritos muitas causas sociais e políticas do início do século XX. Em 1876, tornou-se supervisor da Biblioteca do Senado, cargo que ocupou até sua renúncia em 01 de fevereiro de 1890. Em 1887, tornou-se crítico literário da prestigiada revista Le Temps. Foi eleito para a Academia francesa em 23 de janeiro de 1896, onde ocupou a poltrona 38. Tornou-se um escritor reconhecido, influente e rico. Na França, comprometeu-se com muitas causas. Possui vários discursos denunciando o genocídio na Armênia e apoiava Archag Tchobanian, escritor e poeta armênio. Juntou-se a Emile Zola, com quem se reconciliou no início dos anos 1890 durante o caso Dreyfus, conflito social e político que aconteceu na Terceira República (regime republicano que vigorou na França de 1870 à 1940). Em 1909, partiu para a América do Sul com intuito de fazer uma turnê de conferências sobre o escritor francês François Rabelais, porém, esse tema é substituído durante a viagem que fez por Lisboa, Recife, Rio de Janeiro, Montevidéu e Buenos Aires, por palestras sobre suas próprias obras e sobre a literatura contemporânea. No início da Primeira Guerra Mundial, escreveu textos relativos à guerra e aos patriotas, mas se arrepende. Em seguida, denuncia a loucura da guerra desejada pelo sistema capitalista no contexto da União e declara: "nós acreditamos morrer pela pátria, mas morremos pela indústria". Defendeu uma paz amigável entre os franceses e alemães e isso despertou a indignação e hostilidade da população, o que lhe rendeu cartas de insultos e ameaças de morte. Foi contra o Tratado de Versalhes e assinou o protesto do grupo Clarté (um grupo de estudantes comunistas), intitulado "Contra a paz injusta" e publicado no jornal francês L'Humanité, em 22 de julho de 1919. Foi premiado em 1921 com o Prêmio Nobel de Literatura pelo conjunto de sua obra. Em 1922, todas as suas obras (opera omnia) foram objeto de uma condenação papal (decreto da Congregação do Santo Ofício 31 de maio de 1922). Quando sua morte foi anunciada, em 12 de outubro de 1924, o presidente da Câmara dos Deputados, Paul Painlevé, declarou: "O nível de inteligência humana caiu naquela noite.” Anatole France deixou um grande legado em suas obras, entre as composições, estão peças de teatro, poesia, prosa, biografias e também críticas sociais e literárias. Entre as obras de crítica literária, está Le Genie Latin, publicada em 1913, que se constitui de diversos prefácios em que o autor fala sobre obras como o antigo romance grego Daphnis et Chloé e de seu autor, Longo. Ainda aborda características literárias das obras dos seguintes autores: La Reine de Navarre, Paul Scarron, Jean de La Fontaire, Moliére, Jean Racine, Alain-René le Sage, L'Abbé Prevost, Bernardin de Saint-Pierre, Chateaubriand, Xavier de Maistre, Benjamin Constant, Sainte-Beuve e Albert Glatigny.

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