Diccionario contemporaneo da lingua portugueza

Resumo

Esse dicionário é um dos principais representantes da Lexicografia em Língua Portuguesa. Trata-se de uma obra que marca, segundo o próprio autor, uma ruptura na forma como se fazia Lexicografia até então. O autor, Caldas Aulete, observa que o intuito foi elaborar um “dicionário portátil para a maioria das pessoas que falam a língua portuguesa; um vocabulário que [...] contenha as palavras que são do domínio da conversação, de que boa parte não se encontra nos dicionários nacionais; os neologismos sancionados pelo uso e pela necessidade, e os termos técnicos, que, com o desenvolvimento da instrução pública, tem passado para a literatura e para a linguagem da conversação” (p. I). Essa obra, organizada em dois volumes, foi publicada em Lisboa em 1881 pela Imprensa Nacional. No volume 1 (Letras A a I), encontra-se um texto introdutório de Basilio de Castelbranco no qual se explicam algumas características da obra e esclarece que, após o falecimento de Caldas Aulete, o Dr. Antonio Lopes dos Santos Valente assumiu a coordenação do projeto e o conduziu até sua conclusão. Na sequência, encontra-se um magnífico texto do próprio Caldas Aulete dividido em cinco partes. Na primeira, intitulada Plano, o autor faz uma importante análise dos estudos lexicográficos daquela época. Para isso, analisa três dicionários de língua portuguesa - Roquette, Lacerda e Moraes - e tece algumas críticas a essas obras. Nas partes seguintes, discorre sobre a formação da língua portuguesa, sobre questões de ortografia, de pronúncia e significado. No segundo volume (Letras I a Z), encontram-se explicações sobre sinais de escrita e pontuação e algumas páginas sob o título de “Correções e Adições” nas quais se corrigem falhas ocorridas ao longo do dicionário e acrescentam-se informações e/ou lemas não contemplados na macroestrutura principal da obra.

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