Dicionários de Língua Portuguesa
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ItemThesouro da Língua Portugueza(Em Casa dos Editores Ernesto Chardron e Bartholomeu H. de Moraes, 1871)
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ItemDiccionario contemporaneo da lingua portugueza(Imprensa Nacional, 1881)Esse dicionário é um dos principais representantes da Lexicografia em Língua Portuguesa. Trata-se de uma obra que marca, segundo o próprio autor, uma ruptura na forma como se fazia Lexicografia até então. O autor, Caldas Aulete, observa que o intuito foi elaborar um “dicionário portátil para a maioria das pessoas que falam a língua portuguesa; um vocabulário que [...] contenha as palavras que são do domínio da conversação, de que boa parte não se encontra nos dicionários nacionais; os neologismos sancionados pelo uso e pela necessidade, e os termos técnicos, que, com o desenvolvimento da instrução pública, tem passado para a literatura e para a linguagem da conversação” (p. I). Essa obra, organizada em dois volumes, foi publicada em Lisboa em 1881 pela Imprensa Nacional. No volume 1 (Letras A a I), encontra-se um texto introdutório de Basilio de Castelbranco no qual se explicam algumas características da obra e esclarece que, após o falecimento de Caldas Aulete, o Dr. Antonio Lopes dos Santos Valente assumiu a coordenação do projeto e o conduziu até sua conclusão. Na sequência, encontra-se um magnífico texto do próprio Caldas Aulete dividido em cinco partes. Na primeira, intitulada Plano, o autor faz uma importante análise dos estudos lexicográficos daquela época. Para isso, analisa três dicionários de língua portuguesa - Roquette, Lacerda e Moraes - e tece algumas críticas a essas obras. Nas partes seguintes, discorre sobre a formação da língua portuguesa, sobre questões de ortografia, de pronúncia e significado. No segundo volume (Letras I a Z), encontram-se explicações sobre sinais de escrita e pontuação e algumas páginas sob o título de “Correções e Adições” nas quais se corrigem falhas ocorridas ao longo do dicionário e acrescentam-se informações e/ou lemas não contemplados na macroestrutura principal da obra.
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ItemNovo dicionário da língua portuguesa: dicionario de synonymos( 1859)O Novo Diccionario da Lingua Portugueza – seguido de um Diccionario de Synonymos foi elaborado por Eduardo de Faria e publicado pela Typographia Imperial e Constitucional de J. Villeneuve EC em 1859 no Rio de Janeiro. Segundo o autor, procurou-se incluir, na obra, nomes próprios de cidades, nomes históricos e célebres, mitologia, geografia etc., assim como termos próprios das ciências, das artes e ofícios, o que o leva a afirmar que a nomenclatura de seu dicionário é “a mais abundante, a mais rica que [...] se tenha encontrado em Diccionario algum” (p. II) pois, para ele, os dois maiores dicionários existentes à época – Bluteau e Moraes – estavam “longe de se poderem chamar completos (p. I). O autor afirma que um dicionário é “uma obra indispensável para todo aquele que quer conhecer a fundo a língua de uma nação” e que sua intenção, ao elaborar o dicionário, não foi “reformar a língua; mas sim, unicamente, apresentá-la com todos os seus caprichos, irregularidades, anomalias, belezas, defeitos, [...]” (p. II). Em seguida, apresentam-se um Resumo da Gramática Portuguesa, as obras que serviram à constituição do dicionário e as abreviaturas presentes nele. Ao final do segundo volume, encontra-se o dicionário de sinônimos (p. 1529), conforme o título antecipa; nele contem unidades de “A” a “V” como entrada, apresentadas em negrito e seguidas de seus respectivos sinônimos.
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ItemDiccionario da lingoa portugueza(Officina da Academia Real das Sciencias de Lisboa, 1793)O Diccionario da Lingoa Portugueza é uma obra publicada pela Academia Real das Sciencias de Lisboa em 1793 com o objetivo de “registrar vocábulos puramente portugueses em todas suas significações, [...] declarando-se, em cada uma delas, sua natureza, propriedade e força, juntamente com o uso regular ou anomalia das palavras e frases, fixadas pelos exemplos dos autores clássicos da língua” (p. IV). O presente exemplar (Tomo Primeiro - Letra A) traz uma mensagem à “Sua Majestade” Rainha de Portugal, como era costume à época, assinada pelo Presidente e pelos Socios da Academia das Sciencias. Na sequência, apresenta o Prólogo e um extenso texto introdutório intitulado “Planta para se formar o Diccionario da lingoa portuguesa” no qual se explicam os procedimentos lexicográficos adotados para a elaboração da obra. Ademais, apresentam-se alguns textos intitulados “Memorias e louvores da Lingoa Portugueza que se achão em diversos autores” com fragmentos de textos de Pe. Antonio Vieira, Raphael Bluteau, Miguel de Cervantes, entre outros. Oferece, ainda, sob o título “Aviso ao Leitor”, um pequeno texto no qual se apresenta o “Catálogo de Autores e Obras” que serviram como fonte para a coleta e confirmação dos usos de palavras e frases descritas no dicionário. Na macroestrutura da obra, contemplam-se, além das formas canônicas dos lemas (substantivo singular, verbos no infinitivo etc.), outras formas lematizadas como, por exemplo, as locuções adverbiais (a las mil maravilhas; a la uma; a toa etc.).