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Navegando História por Autor "Bloch, Gustave"
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Item La République romaine : les conflits politiques et sociaux(Ernest Flammarion, 1913) Bloch, Gustave"Gustave Bloch (1848-1923) foi professor no liceu de Besançon, na Faculté de Lettres de Lyon e, posteriormente, na École Normale Supérieure e na Université de la Sorbonne, ambas em Paris. Especialista em História Romana, publicou obras como Les origines du Sénat romain (E. Thorin, 1883), originalmente sua tese de doutorado, além de Les origines, la Gaule indépendante et la Gaule romaine (tomos 1 e 2 da Histoire de France des origines à la Révolution organizada por Ernest Lavisse para a editora Hachette em 1900 e republicada desde então) e de L’Empire romain: évolution et décadence (Flammarion, 1922). Gustave Bloch foi também pai do conhecido historiador francês Marc Bloch, fundador com Lucien Febvre da Escola dos Annales. Em sua A República romana: os conflitos políticos e sociais (1913), Bloch traça um panorama dos diversos conflitos na Roma Antiga. Como Fustel de Coulanges, de quem foi aluno, está atento a instituições como o Senado, as assembleias populares, mas também a família, de que a cité, a cidade, seria a imagem (com todo o seu caráter conservador no sentido da manutenção do patrimônio), instituições que, como para Fustel, teriam se perenizado na Gália. Dividida em três partes, a primeira delas trata da relação entre patriciado e plebe, a partir, sobretudo, da crescente ocupação por parte desta dos espaços e poderes públicos, como a magistratura, com a consequente conquista da igualdade civil e política. A segunda percorre o apogeu e a decadência da nobreza e das classes médias romanas; descreve, para isso, a difícil conciliação entre a República, a expansão do império e a participação dos vencidos nas diversas instâncias do direito cívico em Roma. Com isso, um fosso que se amplia entre as classes, dado pela divisão desigual da riqueza proveniente das guerras e que acaba por erigir uma oligarquia política e financeira. A terceira, por fim, apresenta as tentativas de reforma com objetivo de conter a acumulação de capital: limitando as ocupações do domínio público, contendo o avanço do latifúndio. Somam-se a elas reformas do Senado, como a ampliação de seus membros, insuficientes, como as demais, para conter a decadência do projeto republicano, cujos inúmeros atores e pormenores são descritos com notável precisão, mas também com certo desencanto diante da deriva monárquica — “erro de todos e fatalidade das circunstâncias” (p. 307) — que lhe sucederia."