Les idées politiques en France au XVIIe siècle
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Data
1923
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Marcel Giard
Resumo
"Henri Sée (1864-1936) foi um importante historiador francês, professor da universidade de Rennes de 1893 a 1920 e especialista em estudos medievais. Autor de Les Classes rurales et le régime domanial en France au Moyen âge (1901) e Matérialisme historique et interprétation économique de l’histoire (1927), sua obra principal foi Les Origines du capitalisme moderne, publicada em 1926.
Em As ideias políticas na França do século XVII, Henri Sée percorre o período do apogeu do absolutismo francês que foi a monarquia de Luís XIV, frente a qual teriam surgido teorias liberais e democráticas. Dividido em duas partes, a primeira delas intitulada “O remate da doutrina absolutista”, investiga as origens das ideias absolutistas na França, suas influências, notadamente a de Lutero que, segundo Sée, teria feito predominar a doutrina do direito divino dos reis (p.8), e alguns de seus teóricos principais, como Loyseau, para o qual o Estado seria apenas uma senhoria pública, ou Bossuet, cujas ideias políticas teriam derivado de concepções religiosas. Para este, o princípio essencial da política seria a autoridade do soberano, fundada como extensão do regime patriarcal e da família (p.153). Governo, igualmente, determinado pela Providência. A segunda parte do estudo trata da reação ao absolutismo, que teria iniciado com escritores protestantes diante da revogação do decreto de Nantes, que lhes garantia até então direito civis, políticos e de culto. A essa reação se seguiu a de personalidades como o arcebispo Fénelon, defensor dos direitos dos indivíduos e da lei contra os abusos da autoridade, e Saint-Simon, incomodado com a organização administrativa do reino, o poder dos ministros e a perda de espaço da aristocracia. Henri Sée acrescentaria ainda, neste livro escrito com notável clareza, capítulos dedicados ao conde de Boulainvilliers, ao abade de Saint-Pierre, a Vauban, Boisguillebert e Pierre Bayle, em que aprofundaria a crítica destes ao regime absoluto, com a preconização de reformas fiscais e econômicas, e a separação dos domínios temporal e espiritual."