La vie littéraire de Stendhal
Carregando...
Data
1914
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Honoré Champion
Resumo
Nascido em Grenoble, 1783, e falecido em Paris, em 1842, Henri Beyle, mais conhecido como Stendhal, inseriu seu nome no panteão da literatura ocidental a partir da elaboração de obras de um realismo ao mesmo tempo enxuto e profundo: seu estilo chocava pela “falta de hipocrisia”. Tal fator, de certa forma, dificultava a aceitação de suas obras pelo público. No entanto, Beyle sabia que escrevia para os não-nascidos, e tinha consciência de que só seria verdadeiramente compreendido no século seguinte. Além de escritor, durante o império de Napoleão, Beyle desempenhou cargo diplomático de cônsul da França na Itália, local em que viveu intensas paixões e pelo qual nutriu grande paixão durante toda a sua vida. Dentre suas obras de maior destaque, estão os romances O vermelho e o negro (1830) e A Cartuxa de Parma (1839) e as produções autobiográficas Vie de Henry Brulard (1890) e Journal (1888). Elaborada com o fim de ser um apêndice às obras completas de Stendhal, La vie littéraire de Stendhal se configura como uma coletânea de textos diversos, cujos conteúdos estão relacionados à vida literária de Henri Beyle. Tendo como ponto de partida as principais obras stendhalianas - Vies de Haydn, Mozart et Métastase (1815); Histoire de la Peinture en Italie (1817); Rome, Naples et Florence (1817 e 1827); De l'amour (1822); Racine et Shakespeare (1823 e 1827); Armance (1827); Promenades dans Rome (1829); Le Rouge et le Noir (1830); Mémoires d'un touriste (1838); La Chartreuse de Parme (1839, 1846 e 1927) -, Adolphe Paupe elabora, ao longo de vinte e seis capítulos, uma coletânea de textos heterogêneos: são excertos que tratam dos aspectos da elaboração das obras, da presença do espírito stendhaliano nos livros, de comentários acerca da recepção de seus livros pelo público e pela crítica especializada, das condições históricas – sociais, políticas e econômicas - quando da produção e publicação de cada obra, das relações pessoais, literárias e/ou ideológicas entre Beyle e outros grandes autores e pensadores – como Jean-Jacques Rousseau, Friedrich Nietzsche, Honoré de Balzac , Barbey d’Aurevilly, Taine, entre outros -, da influência exercida por sua obra em outros autores, de alguns prefácios das primeiras edições de cada produção, dentre outros. A edição ainda conta com uma relação comentada dos títulos integrantes da biblioteca de Beyle na França e na Itália e traz, como apêndice, uma cópia da nota de falecimento do autor.