Histoire du mouvement révolutionnaire en Russie : 1790-1894

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1920

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Payot

Resumo

"J. Wladimir Bienstock (1868-1933) foi um dos grandes tradutores do russo na França do início do século XX. Traduziu Os Irmãos Karamazov de Dostoievski (Ed. francesa, 1906), Guerra e paz de Liev Tolstoi (Ed. francesa, 1903), além das Cartas de Dostoievski a sua mulher (Ed. francesa, 1927). Também organizou e traduziu, em colaboração com A. Skarvan, uma antologia de textos russos, publicadas em francês com o título de Au pied de l’échafaud (1911). Em História do movimento revolucionário na Rússia, Bienstock vê a Revolução de 1917, ocorrida três anos antes, como conclusão lógica de toda a história da Rússia, e afirma que para conhecê-la é importante situar o movimento revolucionário desde suas origens. Parte, assim, de Pedro, o Grande, primeiro imperador da Rússia, que teria se apropriado de ideias alemãs e de um aparato burocrático “ocidental” — “muralha entre o povo e o poder supremo” (p.11) — falseando o “espírito nacional russo”. Daí o surgimento de “gritos de revolta”, o primeiro deles com a publicação do livro de Alexander Nikolayevich Radistchev, Viagem de São Petersburgo a Moscou, em 1790, aos quais teriam se seguido outros, como a Revolta Dezembrista de 1825 ou a fundação da sociedade clandestina Narodnaia Rasprava (Vingança do povo) em 1869, dirigida por Sergey Netchaiev, anarquista associado ao movimento niilista e inspirador de um dos melhores romances de Dostoievski, intitulado Os demônios (1871). Bienstock percorre, igualmente, a criação do partido Narodnaia Volia (Vontade do povo), cujo estatuto teria recebido influência de Netchaiev (cf. p.229), e sua contribuição para os movimentos universitários de 1880-1890. Reserva também várias páginas às atividades do grupo político Zemlia i Volia (Terra e Liberdade). Escrito com notável vivacidade, menciona, por fim, inúmeras publicações no exterior e clandestinas contra o regime de Alexandre III, como os artigos de Tolstoi. Elenca os atentados contra o imperador, cita documentos da repressão como cartas de deportados à Sibéria (pp. 311-312), apresentando-nos um panorama detalhado dos anos que precederam a Revolução de 1917."

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