La victoire en l'an II : esquisses historiques sur la défense nationale
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Data
1916
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Félix Alcan
Resumo
"Albert Mathiez (1874-1932) foi um importante historiador francês. Formado na École normale supérieure em 1897, foi professor no Liceu Voltaire, doutorando-se pouco depois com duas teses orientadas por Alphonse Aulard: La Theóphilanthropie et le culte décadaire: essai sur l'histoire de la Révolution 1796-1801 e Les origines des cultes révolutionnaires (1904). Professor substituto nas faculdades de Caen, Lille e Nancy, antes de conquistar uma cadeira na universidade Besançon, em 1909, lecionou também em Dijon de 1919 a 1926. Membro do Partido Comunista na década de 1920, Mathiez publicaria nesse momento algumas de suas melhores obras, nas quais dedicou considerável atenção à política socioeconômica dos jacobinos. Suas convicções de esquerda e suas declarações em defesa da Grande Revolução Socialista de Outubro o impediram de ser convidado para lecionar na Sorbonne até 1925, quando sucederia Aulard. Fundador, em 1909, da revista Annales révolutionnaires, Mathiez publicou inúmeros estudos, tais quais: La Révolution et l’Église (1911), Les Grandes Journées de la Constituinte (1912), La Révolution et les étrangers (1918), La vie Chère et le mouvement social sous la Terreur (1926), mas sua obra essencial sobre esse panorama foi La Révolution Française (1922-27) em três volumes que foram completados posteriormente por La Réaction thermidorienne (1929) e Le Directoire (obra póstuma, 1934). Uma das principais contribuições de Mathiez foi a revisão das teses de Aulard, destacando o papel essencial de Robespierre na história revolucionária e que resultaria nos Études robespierristes em 2 volumes (1917-1918) e Robespierre terroriste (1921).
Em A Vitória no ano II, Mathiez se interessa pela história militar francesa para relatar alguns dos acontecimentos desse ano, conforme instituído pelo calendário republicano ou calendário revolucionário francês. Durante seu transcurso, a Convenção através do Comitê de Saúde Pública confrontaria várias insurreições, invasões e a ameaça de uma guerra civil. Assim, adotando uma perspectiva heroica, Mathiez pergunta-se ao longo deste livro “como a primeira República soube vencer” e “com que meios materiais e morais soube superar esses obstáculos formidáveis”. Assim, traça um panorama das dificuldades — recrutamento, formação de exército, participação de voluntários — e morais, por assim dizer, relativas à organização, comando e papel dos poderes públicos, na tentativa de contextualizar o que teria sido a passagem do sistema de um exército de profissão para a concepção de um exército nacional, e entender “as razões para a vitória”. Uma delas: “porque foram e permaneceram como eram, revolucionários” (p. 272)."