Miss Kate
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Data
1909
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Editor
Livraria Classica Editora de A. M. Teixeira
Resumo
Tristão de Alencar Araripe Júnior (Fortaleza, CE, 27 de junho de 1848 – Rio de Janeiro, RJ, 29 de outubro de 1911), nome consagrado na crítica literária brasileira, volta a trilhar em 1909 os caminhos da ficção, por onde havia iniciado a carreira de escritor, ao publicar, com o pseudônimo Cosme Velho, o romance Miss Kate. A obra veio a público em Lisboa, pela Livraria Clássica Editora, de Antônio Maria Teixeira, devido à dificuldade enfrentada pelos escritores brasileiros de publicar no Brasil. Procurando se alinhar às correntes científicas em moda na época, como acontecia com maior parte da intelectualidade brasileira, Araripe Júnior se afasta de alguns princípios que nortearam seu projeto político-literário de cunho nacionalista, a partir dos quais escreveu seus primeiros romances, e passa a desenvolver, em Miss Kate, uma linguagem baseada nos discursos médico-científicos. Com prefácio de Afrânio Peixoto, prestigiado psiquiatra da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e epígrafe de Machado de Assis, retirada de O alienista, o romance Miss Kate tem como tema a “insanidade”, objeto de estudo em diversos campos do saber, seja na filosofia, nas ciências médicas, bem como no universo da literatura, principalmente as obras oriundas do movimento Naturalista. Agripino Simões, protagonista da obra, é tido por várias personagens que participam da trama, bem como pelo médico e escritor Afrânio Peixoto, como um “evadido da razão prática”, sofrendo de “asfixia psíquica” e de alucinações constantes. Outros fatores concorrem para agravar o quadro da doença mental de Agripino: a ociosidade, o jogo, a boêmia, o alcoolismo, o fumo, o excesso de viagens, certas leituras filosóficas. A situação de Agripino se complica ao ser envolvido na trama de uma sedutora norte-americana chamada Miss Kate, por quem passa a desenvolver uma relação obsessiva.
Descrição
Com um prefacio do dr. Afranio Peixoto