Navegando por Autor "Chagas, Manuel Pinheiro"
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Item Os guerrilheiros da morte: romance histórico(Empreza da Historia de Portugal, 1899) Chagas, Manuel PinheiroManuel Pinheiro Chagas (Lisboa, 13 de novembro de 1842 – Lisboa, 8 de abril de 1895), historiador, jornalista, dramaturgo, tradutor, político português, destacou-se como escritor de inúmeros romances históricos. Iniciou a carreira literária na poesia, publicando em 1865 a coletânea Poema da Mocidade, cujo prefácio, assinado por Antônio Feliciano de Castilho, desencadeou a chamada Questão Coimbrã. Escritor de grande popularidade na época, pouco de depois de sua morte, Pinheiro Chagas caiu em quase total esquecimento, para o qual contribuíram as polêmicas que manteve com Eça de Queirós. Ao eleger o romance histórico como narrativa romântica, a intenção de Chagas era disputar espaço com o romance realista, já consolidado em Portugal. Para a sensibilidade romântica, o romance histórico vai tanto ser instrumento de formação histórica, como ajudar na consolidação na literatura nacional. A dinastia de Bragança é o período da História portuguesa que Chagas mais explora para compor seus romances históricos, como acontece em Os Guerrilheiros da Morte, publicado 1872, e reeditado em 1899, em Lisboa, pela Sociedade Editora Empresa da História de Portugal, da qual faz parte a Livraria e Tipografia Moderna. Nesse romance, Pinheiro Chagas interpreta o reinado de D. João VI como expressão do despotismo monárquico e do abandono do povo à própria sorte, quando da invasão de Napoleão em Portugal, em 1808. O livro reconstitui a fuga da família real, às pressas, em meio ao tumulto da multidão. Nos momentos que antecedem o fatídico episódio, D. João VI é retrato como um monarca assustado e covarde, que se deixa influenciar pelos conselhos suspeitos do governo inglês. O fato de Chagas ter optado pela dramatização desse período da História nacional nos seus romances históricos segue uma tendência literária da época, impulsionada pelo sentimento de comoção nacional provocado pelo Ultimato inglês, em 1890.Item O terremoto de Lisboa(Editora de Mattos Moreira & Cia, 1874) Chagas, Manuel PinheiroManuel Pinheiro Chagas (Lisboa, 13 de novembro de 1842 – Lisboa, 8 de abril de 1895), historiador, jornalista, dramaturgo, tradutor, político português, destacou-se como escritor de inúmeros romances históricos. Iniciou a carreira literária na poesia, publicando em 1865 a coletânea Poema da Mocidade, cujo prefácio, assinado por Antônio Feliciano de Castilho, desencadeou a chamada Questão Coimbrã. Escritor de grande popularidade na época, pouco de depois de sua morte, Pinheiro Chagas caiu em quase total esquecimento, para o qual contribuíram as polêmicas que manteve com Eça de Queirós. Ao eleger o romance histórico como narrativa romântica, a intenção de Chagas era disputar espaço com o romance realista/naturalista, já consolidado em Portugal. Para a sensibilidade romântica, o romance histórico vai tanto ser instrumento de formação histórica, como ajudar na consolidação na literatura nacional. Não por acaso O Terremoto de Lisboa, publicado em Lisboa, pela Livraria Editora de Matos Moreira & Cª. , em 1874, integra o selo dos “Romances Nacionais”, criado pela editora lisboeta. Depois do Liberalismo, os romancistas abandonaram os temas medievais e passaram a dar preferência a assuntos mais atuais, que tivessem ocorrido num tempo mais próximo do leitor. Dentre as preferências históricas dos românticos da primeira geração, a administração pombalina era um dos acontecimentos-chave que explicaria a decadência do país, na segunda metade do século XIX. Ao retomar esse período do passado português, Pinheiro Chagas explora na trama, a personalidade enérgica e astuta de Pombal, que exerce muita ascendência sobre o espírito passível e influenciável de D. José I. Ao longo dos vinte e três capítulos do romance, Chagas focaliza o reinado deste monarca, como um dos períodos de maior crescimento nacional, embora marcado pelo terremoto de 1755, que quase chegou a destruir completamente a cidade de Lisboa, fato que veio por à prova o espírito pragmático do marquês de Pombal, que ordenou a imediata reconstrução da capital do país.