Navegando por Assunto "Trabalhadores - História - França"
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Item Essais sur le mouvement ouvrier en France(Société Nouvelle de Librairie et d'Édition, 1901) Halévy, Daniel"Daniel Halévy (1872-1962) é um ensaísta e historiador francês. Amigo de Marcel Proust, com quem se correspondeu (cf. Marcel Proust, Correspondance avec Daniel Halévy, Éd. de Fallois, 1992), Halévy colaborou no Cahiers de la Quinzaine dirigido por Charles Péguy entre 1898 e 1914 e coordenou os Cahiers verts da editora Grasset, tendo sido responsável pela publicação, dentre outros, de autores como François Mauriac, Jean Giraudoux e André Maurois. É autor de La Fin des notables (1930), Décadence de la liberté (1931), La République des ducs (1937), livros em que se mostraria pessimista com relação à atividade parlamentar, e de Essai sur l’accélération de l’histoire (1948) além de estudos sobre Péguy, Michelet, Proudhon, Vauban e Nietzsche (este traduzido para o português: Nietzsche, uma biografia, Editora Inova, 1968). Ensaios sobre o movimento operário na França, publicados originalmente em 1901 num período de engajamento à esquerda de Halévy — da qual se afastaria posteriormente — retraça a história do movimento sindical na França a partir de quatro formas de ação: os sindicatos, as bolsas de trabalho, as cooperativas e as universidades populares (cf. Laurent, S. “Daniel Halévy et le mouvement ouvrier: libéralisme, christianisme social et socialisme” in Mil neuf cent, N°17, 1999, pp. 7-25.) O livro está dividido em três partes. A primeira delas dedica-se ao estudo do período que vai do impulso industrial de 1780-90, que estaria na origem do movimento sindical, passando pela repressão de 1840, pelas Sociedades de resistência, até a consolidação do direito sindical em 1884 com a lei Waldeck-Rousseau, e a várias das greves da segunda metade do século XIX, contra uma burguesia que cometeria “um erro ao querer que suas máquinas sejam manejadas por homens numa situação de quase escravidão, face a uma privação material extrema e a um aniquilamento moral quase absoluto” (p.31). A segunda parte percorre as origens das cooperativas de produção e consumo, partindo das teorias de Robert Owen e Charles Fourier, e de sua notável difusão a partir de 1848, quando teriam se constituído oitenta sociedades cooperadas. Trata, igualmente, das universidades populares, relação entre burguesia e inteligência popular que compararia com o cristianismo (p.170), mas não sem explicitar o avanço do ateísmo no final do século XIX — “O nome de Deus é de tal modo detestado, que mesmo a leitura de poemas de Victor Hugo tornou-se penosa”(p.175) — e de doutrinas sociais ou dogmatismos, segundo Halévy, que enrijeceriam o próprio projeto de ensino nessas universidades. A terceira parte, por fim, retraça a trajetória política de Jules Guesde, líder do partido coletivista e fundador do Partido Operário, de Jean Jaurès, e as dificuldades para o estabelecimento de uma unidade política do socialismo francês. "