Navegando por Assunto "Poesia francesa - Século XVIII"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Item Alcools : Poèmes, 1898-1913(Nouvelle Revue Française, 1920) Apollinaire, GuillaumeGuillaume Apollinaire (1880-1918) foi um poeta, dramaturgo, contista, novelista, crítico de arte e ensaísta radicado na França. Nascido em uma família da alta nobreza polonesa, Apollinaire viaja muito durante toda a sua infância, mas passa a maior parte do tempo em Roma. No ano de 1900, o poeta muda-se para Paris – centro das artes e da literatura europeia da época -, onde vivencia toda a efervescência cultural do período. Tendo recebido grande inluência da escola simbolista, Apollinaire tornou-se um dos maiores expoentes e defensores dos movimentos de vanguarda do início do século XX, publicando manifestos em apoio ao Futurismo e ao Cubismo. O poeta não se fundamentava em nehuma teoria - como Oscar Wilde com seu Projeto Estético -, mas em um simples princípio: o ato de criar deveria ser proveniente da imaginação, da intuição, pois deveria se aproximar o máximo possível da vida, da natureza, que para o autor era como uma fonte pura. Para o poeta, entretanto, essa “imitação” da natureza deveria ser entrecortada por uma realidade própria do poema, realidade responsável por transformar seu conteúdo em verdade. Apesar de ter publicado novelas de teor erótico, configurando-se inclusive como um entusiasta e divulgador da obra erótica de Sade, até então marginalizada na França, foi com a obra Alcools que o poeta atingiu o reconhecimento da imprensa e do público, estabelecendo assim a sua reputação no meio artístico e tornando-se um dos mais célebres membros do Montparnasse e de Montmartre. A obra, publicada em 1913, se constitui de uma coletânea de 50 poemas escritos entre o período de 1898 e 1913, e não apresenta um esquema preciso de organização. O título Alcools, que a princípio era Eau de vie, só é definido em vias de publicação e aborda o valor metafórico do álcool. Esse título inicial, Eau de vie (“água da vida”, que em francês é compreendido como “aguardente”), configura-se como a metáfora de uma etapa essencial na carreira do poeta, momento em que Apollinaire eleva sua produção a um nível de expressão mais rico. Alcools - a aguardente - vem, então, simbolizar o caráter dual do álcool, que se por um lado corrói, por outro proporciona prazer e viabiliza o transporte para um outro mundo. Nesta obra, poemas com temas místicos vêm mesclados a versos de extrema modernidade técnica, cuja lírica vem representada, sobretudo, pela polissemia, tanto pela estrutura da coletânea como por sua linguagem. Dentre os poemas da obra, destacam-se Zone, poema inaugural que foi considerado o correspondente literário da tela Les demoiselles d’Avignon, de Pablo Picasso.Item Contes et poésies de La Chaussée(Librairie des Bibliophiles, 1880) La Chaussée, Pierre-ClaudeAutor dramático francês, La Chaussée (1692-1754) é o criador de um gênero teatral: a comédia lacrimejante, ou comédia mista, isto é, o drama, mas ainda bem modesto. O autor francês tem aproximadamente 40 anos quando estreia nas letras com um pequeno poema, Épître de Clio, publicado em Paris em 1731. Dois anos mais tarde, sua primeira peça, La Fausse Anthipatie, em três atos e em versos, foi representada. Esta obra anuncia o drama burguês, porém, conservando, ainda, as regras canônicas da comédia clássica. O público simplesmente tomou a peça por uma comédia desprovida de cômico e o próprio La Chaussée talvez tivesse vislumbrado o tipo de comédia que desenvolveria com sucesso, sobretudo nas próximas cinco peças seguintes, todas em cinco atos e em versos e cujo interesse principal era fazer o público se interessar pelos infortúnios domésticos dos personagens. Tirando seus principais efeitos da triste situação de personagens que não estão acima da ordem comum, La Chaussée empresta-lhes, nos momentos em que a ação não é muito ágil, uma conversa séria que vai facilmente da languidez à insipidez. Como viu nisso a instrução moral mais diretamente do que na verdadeira comédia, os preceitos e as sentenças são multiplicados a tal ponto que algumas cenas se tornam tratados de moral dialogados. Com suas tendências e seus defeitos, La Chaussée faz face aos ataques dos invejosos e àqueles que viam em suas obras um tipo de profanação ao mesmo tempo contra a comédia e contra a tragédia. A obra Contes et poésies de La Chaussée reúne os textos “Le cancre”, “Le clémentine”, “Ima”, “L´origine de la barbe”, “Le roi Hugon”, “Épître de Clio”, “Compliment au Roi”, entre outros.