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Navegando por Autor "Santo Tirso, Visconde de"

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    De rebus pluribus
    (Ailhaud e Bertrand, 1923) Santo Tirso, Visconde de
    Antônio Carlos Cirilo Machado (1865-1919), 2º. visconde de Santo Tirso, diplomata, político, escritor, jornalista, colaborou em jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo, durante a primeira década do século XX, quando teve início a sua carreira literária. O diplomata português amargava um período de ostracismo oficial em Londres, quando Oliveira Lima, que o havia conhecido em Washington, conseguiu para o colega uma colaboração n’O Estado de São Paulo e no Jornal do Comércio. O estilo irreverente de Santo Tirso logo o afastou do Jornal do Comércio, mas em breve o cronista passou a colaborar n’O País, onde alcançou grande popularidade. Reunidas em livros, as crônicas de Santo Tirso deram origem aos volumes De rebus pluribus (1923) e Cartas de algures (1924). A edição de 1923 de De rebus pluribus, a segunda da obra (a primeira é desconhecida), saiu pela prestigiosa editora Aillaud e Bertrand, com prefácio e post-scriptum de Antônio Cândido Ribeiro da Costa (1850-1922). No prefácio, Antônio Cândido compõe o perfil de Santo Tirso, em que destaca o “conversador interessantíssimo”, apreciado pelas elites mundanas de Lisboa, o diplomata de carreira que viajou por quase toda a Europa e parte da América, o conhecedor das literaturas modernas, o poliglota, o jornalista, o apreciador de Stendhal e dos humoristas anglo-saxões (Swift, Carlyle). No post-scriputm, Antonio Candido lamenta a morte de Santo Tirso, em 1919, antes que De rebus pluribus entrasse em circulação. Os vinte e três textos que compõem a coletânea abordam vários assuntos, na perspectiva da ironia e do humor, os títulos das crônicas na forma do ditado. Cabe aqui dar destaque a algumas delas. Em “Nec solo panem...”, o autor discute a mania das citações de ouvido, entre pessoas que querem passar por eruditas, e que por isso cometem verdadeiros disparates, como atribuir a Mirabeau o ditado “nem só de pão vive o homem”. O espírito do moralista, de longa tradição entre os pensadores franceses dos séculos XVII e XVIII, perpassa a maior parte das crônicas-ditado, onde se manifesta a intenção não de ferir, mas de criticar os costumes, nos exemplos: “Dos sete pecados capitais”, “De senectudine”, “Da mediocridade”, “Das ilusões”, “De superstitionibus”. Observador atento da mudança de hábitos entre as mulheres, algumas das quais passam a fumar em sociedade, Santo Tirso considera em “Do fumar” que as repreensões de pais austeros e “maridos cristãos” resultam em incoerência, posto que, no passado, tomar rapé era prática comum entre os avôs e as avós. Em “Da culinária”, Santo Tirso incursiona pela gastronomia, sob o argumento de que “não é menos difícil nem menos nobre a arte de fazer molhos de peixe ou de carne, que a de fazer molhos políticos”. O cronista português também não ficou indiferente ao mundo da moda, como mostra o texto “Modas e confecções”, no qual o refinado escritor faz considerações bastante pertinentes acerca do vestuário sob a óptica social. Não menos interessantes são as crônicas “Gens canina” e “Gens felina”, onde se manifesta o moralista na comparação entre homens e animais. Por fim, merece referência os textos “Glória literária” e “Discussões”, acompanhados do subtítulo - “conselhos aos novos” -, e onde se manifesta o ironista ao recomendar aos escritores estreantes que abram mão das ideias originais e de questionar as convicções alheias.
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