Navegando por Autor "Sade, Marquis de"
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Item L'oeuvre du Marquis de Sade(Bibliothèque des Curieux, 1909) Sade, Marquis deO Marquês de Sade (1740-1814) foi um aristocrata francês e escritor libertino. Muitas das suas obras foram escritas enquanto estava na Prisão da Bastilha, encarcerado diversas vezes, inclusive por Napoleão Bonaparte. De seu nome surge o termo médico sadismo, que define a perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do parceiro ou parceiros. Foi perseguido tanto pela monarquia (Antigo Regime) como pelos revolucionários vitoriosos de 1789 e depois por Napoleão. Duas personagens criadas por Sade foram suas ideias fixas durante décadas: Justine (que se materializou em várias versões do romance, ocupando muitos volumes), a ingênua defensora do bem, que sempre acaba sendo envolvida em crimes e depravações, terminando seus dias fulminada por um raio que a rompe da boca ao ânus quando ia à missa, e Juliette, sua irmã, que encarna o triunfo do mal, fazendo uma sucessão de coisas abjetas, como matar uma de suas melhores amigas lançando-a na cratera de um vulcão ou obrigar o próprio papa a fazer um discurso em defesa do crime para poder tê-la em sua cama. As orgias com o papa Pio VI em plena Igreja de São Pedro, no Vaticano, fazem parte da trama sacrílega e ultrajante do romance Juliette, com a fala do pontífice transformada em agressivo panfleto político: A Dissertação do Papa sobre o Crime. Sade tinha o costume de inserir panfletos políticos-filosóficos em suas obras. O panfleto Franceses, mais um Esforço se Quiserdes Ser Republicanos, que prega a total ruptura com o cristianismo, foi por ele encampado ao romance A Filosofia na Alcova, no qual um casal de irmãos e um amigo libertino "educam" a jovem Eugênia para uma vida de libertinagem, mostrando-lhe aversão aos dogmas religiosos e costumes da época. Esta edição da Oeuvre du Marquis de Sade é composta por Zoloé, Justine, Juliette, La Philosophie dans le boudoir, Les crimes de l'amour, Aline et Valcour, Pages choisies, além de trechos inéditos e de cartas publicadas pela primeira vez, a partir dos arquivos da Comédie-Française. Introdução, ensaio bibliográfico e notas estabelecidas pelo poeta Guillaume Apollinaire.Item Zoloé et ses deux acolytes; ou, Quelques décades de la vie de trois jolies femmes(Bibliothèque des Curieux, 1922) Sade, Marquis deO Marquês de Sade (1740-1814) foi um aristocrata, filósofo e escritor francês que se tornou notório pelo caráter erótico de seus escritos. Nascido em uma família nobre – a família Sade, uma das mais tradicionais da Provença -, seu pai era um diplomata da corte de Luís XIV. No entanto, já na infância, este abandona sua mãe, que se refugiou em um convento. Desse modo, Sade foi criado por servos, que procuravam compensar a ausência dos pais enchendo de elogios cada um de seus caprichos. Após um incidente ocorrido quando tinha por volta de 4 anos, em que agride severamente o Príncipe da França, Sade é entregue aos cuidados do tio, um abade da Igreja, e passou a viver no sul do país. Seu temperamento rebelde, já conhecido por todos desde essa época, ganharia ainda mais força quando, aos 6 anos, seu tio o apresenta ao mundo da libertinagem. Alguns anos mais tarde, de volta a Paris para estudar no Lycée Louis-le-Grand, Sade continuaria dando mostras de sua rebeldia de garoto mimado: seu mau comportamento na escola lhe rendeu severas punições corporais, fato que marcaria para sempre sua vida e, consequentemente, suas produções, sendo apontado por diversos estudiosos como um dos principais fatores que contribuíram para a sua obsessão pela crueldade sexual e pela violência. Sua vida foi regada de festas e orgias intermináveis, tal qual representava nos seus livros. Apesar dos diversos escândalos suscitados por seu estilo de vida e por suas obras, cujo conteúdo retratava cenas eróticas em que suas personagens lançavam mão de violência como fonte de prazer sexual – fato que deu origem aos termos sadismo e sadomasoquismo -, Sade ainda conviveu por muito tempo em meio à corte, até ser exilado na Itália, momento em que produziu duas de suas obras mais célebres: Justine e 120 journées de Sodome. Seus últimos anos foram vividos no sanatório de Charenton. A presente obra, Zoloé et ses deux acolytes, gera, ainda hoje, grande discussão acerca de sua autoria. Alguns especialistas na obra de Sade, baseando-se no estilo de escrita do autor, afirmam que ele não seria o criador da obra. Ainda assim, a autoria do romance é frequentemente atribuída a ele. O romance conta a história de três belas mulheres – Zoloé, Lauréda e Volsange – que convidam três homens – o religioso franciscano Pacôme, o maníaco sexual Parmesan e o deputado Fessinot - para irem a uma espécie de templo dedicado ao prazer. Neste refinado romance libertino, no qual Bonaparte aparece sob o nome de Orserc, suas personagens são envolvidas em uma espécie de culto ao prazer. Especula-se que a obra se configura, ainda, como uma paródia das relações amorosas entre Napoleão Bonaparte e sua esposa Josephine, por ter o imperador recusado a colocá-lo novamente em liberdade.