Navegando por Autor "Rodrigues, A. Marques"
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Item Tres Lyras(Typ. do Progresso, 1862) Carvalho, Trajano Galvão; Rodrigues, A. Marques; Braga, G. H. de AlmeidaTrês poetas maranhenses, Trajano Galvão Carvalho (1830-1864), Antônio Marques Rodrigues (1826-1873) e Gentil Homem de Almeida Braga (1835-1876) reuniram, em 1862, os seus poemas, sob o título de Três Liras, e os publicaram pela Tipografia do Progresso, em São Luís, ao preço de 3 mil reis o volume. Integram a antologia poemas compostos ao tempo em que Trajano Galvão, Antônio Marques e Gentil Braga freqüentaram a Faculdade de Direito de Olinda, entre 1850-1860, período que corresponde ao apogeu do Romantismo no Brasil, com forte presença cultural e artística da França, no país. “Moisés no Nilo”, de Trajano Galvão, “A Rosa e a Campa”, de Antônio Marques, são expressão da influência de Victor Hugo na poesia brasileira, enquanto “Eloá” e “A Borboleta”, de Gentil Braga, prestam tributo, respectivamente, a Alfred de Vigny e Lamartine. Ao lado dos franceses, Almeida Garrett é igualmente presença marcante entre os jovens poetas-bachareis maranhenses, em particular Antônio Marques, autor de “Meus Amores”, “A Rainha da Festa (Impressões de um Baile)” e “Nove de Dezembro”, este em comemoração à morte de Garrett, em 1854. A nota nacionalista é representada por poemas que celebram o país, como “O Brasil”, título das composições de Trajano Galvão e Antônio Marques, como daqueles comemoram festas cívicas regionais, do primeiro, “Ao Dia 28 de Julho”, sobre a independência da Bahia, em 28 de maio de 1822, do segundo, “Vinte e Oito de Julho”, em comemoração à Balaiada, revolução ocorrida no Maranhão em 1838. Lendas e tradições populares foram igualmente contempladas na antologia, nas composições de Gentil Braga, “S. José de Ribamar (Lenda de Antigas Eras)” e “Cajueiro Pequenino”. Precursor da poesia abolicionista, Trajano Galvão presta tributo ao negro nos poemas “O Calhambola”, “A Crioula” e “Nuranjan”.