Promenades philosophiques

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Data

1916

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Mercure de France

Resumo

Rémy de Gourmont foi um escritor, poeta, crítico e dramaturgo francês. Nasceu em 4 de abril de 1858 em Bazoches-au-Houlme e faleceu em Paris em 27 de setembro de 1915. Em 1866, seus pais, o conde Auguste-Marie de Gourmont e a condessa Mathilde de Montfort, o enviaram para o colégio interno Lycée de Coutances, onde permaneceu até 1876. No mesmo ano mudou-se para Caen, cidade situada no noroeste da França. Lá, iniciou os estudos em Direito, obtendo, em 1879, o diploma de bacharel. Em 1881, Rémy conseguiu um emprego ligado à Biblioteca Nacional. No mesmo ano, já colaborava com revistas, tais quais Le Monde e Le Contemporain. Entre 1882 e 1886, publicou diversos livros históricos populares. Em 1889, Remy de Gourmont, juntamente com Alfred Vallette, Dumur Louis, Ernest Raynaud, Jules Renard, Albert Samain, funda a nova revista francesa Mercure de France, com a qual colaborará durante vinte e cinco anos. Esta colaboração irá marcar profundamente a personalidade da revista, à qual o nome de Gourmont permanece inextricavelmente ligado. Na mesma época, Gourmont é afetado por um tipo de lúpus cuja progressão só poderia ser interrompido através de cauterização extremamente dolorosa, que o desfigurava e comprometia a sua vida social e amorosa. Psicologicamente abalado, permaneceu muito tempo enclausurado em sua casa, e quando ele voltou a sair, foi somente para ir aos escritórios da Mercure, e uma vez por ano saía de férias por algumas semanas e ia para Coutances. Depois disso, para ele, não havia mais do que trabalho e livros. Ele publicou quase exclusivamente na Mercure de France, um vasto e abundante trabalho, que consistia em romances, peças de teatro, livros de poesia e, especialmente ensaios que demonstram sua profunda erudição. Em 1905, com André Gide, ele assumiu a administração da revista L'Ermitage. A saúde de Gourmont continuou a declinar e ele começou a sofrer de ataxia locomotora e se tornou cada vez mais incapaz de andar. Ficou profundamente deprimido pela eclosão da I Guerra Mundial e morreu em Paris de congestão cerebral em 1915. Entre as obras que publicou na Mercure de France estão as Promenades Philosophiques, publicada pela primeira vez em 1905. Sob um panorama filosófico, Remy de Gourmont, tanto em prosa como em verso, é um pessimista por natureza, que permite, nessa obra, que sua sensibilidade fale mais alto do que sua inteligência. Nela, resume suas impressões e observações, esforçando-se, não sem muita arbitrariedade, por generalizá-las. Sua filosofia é sobretudo fisiológica: para ele, o mundo é ruim, pois sua vida também é. Ele faz uma terrível representação e afirma que se os homens não se sentirem como ele, eles estão loucos. Contudo, o otimismo é de fato bastante difundido. Enquanto houver vida, há esperança. Para ele, certamente as literaturas e filosofias, mesmo aquelas que visam fazer as pessoas rirem, e até aquelas que exaltam a vida, são geralmente pessimistas. Há um fundo trágico no teatro de Molière e um fundo sombrio nos aforismos de Nietzsche. O completo otimismo é complacente e só é compatível com uma espécie de insensibilidade e estupidez animal: só os idiotas riem constantemente e estão constantemente felizes por viver. Mas o pessimismo completo não pode se desenvolver dentro de certos organismos deprimidos: suas manifestações extremas são patologias ligadas às doenças cerebrais.

Descrição

François Bacon et Joseph de Maistre -- Sainte-Beuve créateur de valeurs -- Le pessimisme de Léopardi -- La logique d'un saint -- Les racines de l'idéalisme -- Idées et paysages -- La rhétorique -- Essai sur la simplification de l'orthographe -- Notes de philologie
8.ed.

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