O vil metal

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Data
1910
Autores
Cepellos, Baptista
Journal Title
Journal ISSN
Volume Title
Publisher
Livraria Cruz Coutinho
Resumo
Manuel Batista Cepelos (Cotia, SP, 10 de dezembro de 1872 – Rio de Janeiro, RJ, 8 de maio de 1915), policial, advogado, promotor público, dramaturgo, romancista, poeta parnasiano de prestígio em sua época. Em conseqüência do assassinato de sua noiva pelo pai, o senador Peixoto Gomide, que se suicidou logo em seguida, revelando antes que os noivos eram irmãos, Cepelos muda-se para o Rio de Janeiro, aonde veio a falecer não se sabe se por suicídio ou assassinato. Por três vezes tentou, sem êxito, ingressar na Academia Brasileira de Letras. Além da poesia, Batista Cepelos enveredou também pelo romance realista, publicando, em 1910, O Vil Metal, pela Livraria Cruz Coutinho, do Rio de Janeiro. Consta do volume uma fotografia do autor: um jovem mulato, de perfil, pince-nez sobre o nariz, aparentemente bem sucedido, a contar pelo traje elegante, imagem que o distanciava da origem pobre e humilde no interior paulista. Além do retrato, a editora apresenta relação das obras de Batista Cepelos publicadas e esgotadas, identificadas por gênero – A Derrubada, poesia, 1895, O Cisne Encantado, poesia, 1902, Os Corvos, crônica, 1907, Os Bandeirantes, poesia, 1908 (prefácio de Olavo Bilac), Vaidades, poesia, 1908 (prefácio de Araripe Júnior) - a comprovar a carreira e o prestígio literários do autor, muito embora a maior parte desses títulos não tenha sido reeditada. Com epígrafe de Eça de Queirós - “Sobre a nudez forte da Verdade – o manto diáfano da Fantasia” -, o romance O Vil Metal revela forte influência do escritor português na tentativa de estudar o meio argentário de São Paulo e a ação corruptora do dinheiro, a partir das premissas de um naturalismo já ultrapassado. As melhores páginas do livro são os perfis, um tanto caricatos, do literato falhado e do falso jornalista, imagem da imprensa que Cepelos conhecia a fundo, já que por anos atuara na redação de jornais de São Paulo, transitando da reportagem à crônica social.
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