Braga, Theophilo2014-03-262014-03-261884http://bibdig.biblioteca.unesp.br/handle/10/26003Passados vinte anos da publicação de Visão dos Tempos, em 1864, Joaquim Teófilo Fernandes Braga (Ponta Delgada, 24 de fevereiro de 1843 - Lisboa, 28 de janeiro de 1924) voltava à poesia épico-histórica, em Miragens Seculares, obra que saiu pela Nova Livraria Internacional, de Lisboa, em 1884. Sob a influência de Augusto Comte, que foi “o primeiro que pressentiu a necessidade da grande Epopeia da Humanidade”, Teófilo procurou desenvolver o plano de uma vasta epopeia, na qual “a luta da liberdade contra a fatalidade” deu lugar à trilogia: “Ciclo da Fatalidade”, “ou o conjunto das forças naturais que o homem teve de vencer”; “Ciclo da Luta”, quando nasce a História; “Ciclo da Liberdade”, quando nasce a Filosofia e vêm os grandes gritos de Liberdade. Esta poesia segue o plano de uma explicação filosófico-histórica da Humanidade (na filosofia positivista comteana, a Humanidade é o novo culto, que substituiu o Deus do Cristianismo), só conseguida quando os sentimentos (e os velhos mitos) são “disciplinados” pelas “noções e concepções positivistas”. Segundo Braga, não se trata de “por a História em verso”, mas de cantar o progresso e o poder da Humanidade e o seu aperfeiçoamento. “Iniciadores da era pacífica do trabalho pela atividade das navegações e descobertas marítimas, que vieram universalizar as civilizações mediterrâneas”, os portugueses são o povo que têm melhores condições de criar a epopeia dos tempos modernos.ptMiragens secularesLivro/storage/bd/bas/livros/miragens-seculares