Gourmont, Remy de2013-11-082013-11-081925000072789343440http://bibdig.biblioteca.unesp.br/handle/10/668433.ed.Rémy de Gourmont foi um escritor, poeta, crítico e dramaturgo francês. Nasceu em 4 de abril de 1858 em Bazoches-au-Houlme e faleceu em Paris em 27 de setembro de 1915. Em 1866, seus pais, o conde Auguste-Marie de Gourmont e a condessa Mathilde de Montfort, o enviaram para o colégio interno Lycée de Coutances, onde permaneceu até 1876. Em 1876, mudou-se para Caen, cidade situada no noroeste da França, e lá iniciou seus estudos em Direito, obtendo, em 1879, o diploma de bacharel. Em 1881, Rémy conseguiu um emprego ligado à Biblioteca Nacional e colaborava com revistas como Le Monde e Le Contemporain. Entre 1882 e 1886, publicou diversos livros históricos populares. Em 1889, Remy de Gourmont juntamente com Alfred Vallette, Dumur Louis, Ernest Raynaud, Jules Renard, Albert Samain, fundou a revista francesa Mercure de France, com a qual ele colaboraria durante vinte e cinco anos. Esta colaboração marcaria profundamente a personalidade da revista, à qual o nome de Gourmont permanece inextricavelmente ligado. Na mesma época, Gourmont é afetado por um tipo de lúpus cuja progressão só poderia ser interrompida por meio de cauterização extremamente dolorosa, que o desfigurava e comprometia a sua vida social e amorosa. Psicologicamente abalado, permaneceu muito tempo enclausurado em sua casa e, quando voltou a sair, foi somente para ir aos escritórios da Mercure e, uma vez por ano, saía de férias por algumas semanas e ia a Coutances. Depois disso, para ele não havia mais do que trabalho e livros. Publicou quase exclusivamente na Mercure de France, um vasto e abundante trabalho, que consistia em romances, peças de teatro, livros de poesia e, especialmente, ensaios que demonstram sua profunda erudição. Em 1905, com André Gide, ele assumiu a administração da revista L'Ermitage. A saúde de Gourmont continuou a declinar, começou a sofrer de ataxia locomotora e se tornou cada vez mais incapaz de andar. Ficou profundamente deprimido pela eclosão da I Guerra Mundial e morreu em Paris em 1915. Entre as obras que publicou na Mercure de France está Physique de l’amour, um ensaio sobre o instinto sexual, que foi publicado pela primeira vez em 1903. Partindo de uma discussão do instinto sexual presente nos animais, o autor estabelece uma relação com a sexualidade do homem em um plano único dentro do que concebe ser a “sexualidade universal”. Além disso, sua obra é também uma dissecação anatômica do corpo humano, sobretudo do corpo da mulher. Embora o autor ridicularize possíveis comparações antropomórficas existentes entre animais e homens com uma pitada de humor negro, afirma que descrever os animais e seu comportamento é também aprender um pouco mais sobre nós mesmos.frInstinto sexualAmorPhysique de l'amour : essai sur l'instinct sexuelLivro/storage/bd/cedem/livros/physique-de-l-amour-essai-sur-l-instinct-sexuel/