Gil Vicente e as origens do theatro nacional

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Data
1898
Autores
Braga, Theophilo
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Publisher
Chardron
Resumo
Joaquim Teófilo Fernandes Braga (Ponta Delgada, 24 de fevereiro de 1843 – Lisboa, 28 de janeiro de 1924), político, escritor, jornalista e ensaísta português, fez do nacionalismo, como fim ético-político e como critério histórico-crítico, a marca de sua extensa obra. As investigações do historiador acerca do teatro e da literatura em Portugal concentram-se sobre fatos que explicassem as origens e tivessem relação com a alma popular, a exemplo de Gil Vicente e As Origens do Teatro Nacional, obra publicada no Porto, pela Livraria Chardron, em 1898. No prólogo, Teófilo Braga refere-se aos “quatro poetas portugueses [que] representam a grande época quinhentista” - Bernardim Ribeiro, Gil Vicente, Sá de Miranda e Camões -, escritores estudados em monografias anteriores, publicadas na década de 1870, na perspectiva da maior ou menor aproximação que de forma consciente estabeleceram com as fontes tradicionais populares. Na obra de 1898, Teófilo investiga as “origens tradicionais e populares do teatro português”, conforme expõe na introdução, com o objetivo de identificar os antecedentes teatrais de Gil Vicente (bumba-meu-boi, reinados, jograis, momos, mistérios, milagres, moralidades, entre outros) e provar que o teatro português não nasceu com o autor de o Auto da Barca do Inferno, tese defendida por autores de renome, como Garcia de Resende. Dividida em três partes, a pesquisa sobre as origens populares do teatro de Gil Vicente, estuda, na primeira, a vida do dramaturgo português no contexto histórico das cortes de D. João II, D. Manuel e D. João III; na segunda, a evolução do teatro vicentino, subdividido em teatro hierático, aristocrático e popular; na terceira, “a história externa do teatro de Gil Vicente” (recolha das Obras Completas). Nos “Excursus” I e II, Teófilo Braga defende a hipótese de que o ourives que esteve a serviço de D. Leonor, viúva de D. João III de Portugal, e o dramaturgo do Auto da Alma são a mesma pessoa, posição contestada por Camilo Castelo Branco, mas reafirmada pelo historiador Anselmo Braamcamp Freire.
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