Navegando por Assunto "Literatura francesa - Século XVIII"
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Item Contes et poésies de La Chaussée(Librairie des Bibliophiles, 1880) La Chaussée, Pierre-ClaudeAutor dramático francês, La Chaussée (1692-1754) é o criador de um gênero teatral: a comédia lacrimejante, ou comédia mista, isto é, o drama, mas ainda bem modesto. O autor francês tem aproximadamente 40 anos quando estreia nas letras com um pequeno poema, Épître de Clio, publicado em Paris em 1731. Dois anos mais tarde, sua primeira peça, La Fausse Anthipatie, em três atos e em versos, foi representada. Esta obra anuncia o drama burguês, porém, conservando, ainda, as regras canônicas da comédia clássica. O público simplesmente tomou a peça por uma comédia desprovida de cômico e o próprio La Chaussée talvez tivesse vislumbrado o tipo de comédia que desenvolveria com sucesso, sobretudo nas próximas cinco peças seguintes, todas em cinco atos e em versos e cujo interesse principal era fazer o público se interessar pelos infortúnios domésticos dos personagens. Tirando seus principais efeitos da triste situação de personagens que não estão acima da ordem comum, La Chaussée empresta-lhes, nos momentos em que a ação não é muito ágil, uma conversa séria que vai facilmente da languidez à insipidez. Como viu nisso a instrução moral mais diretamente do que na verdadeira comédia, os preceitos e as sentenças são multiplicados a tal ponto que algumas cenas se tornam tratados de moral dialogados. Com suas tendências e seus defeitos, La Chaussée faz face aos ataques dos invejosos e àqueles que viam em suas obras um tipo de profanação ao mesmo tempo contra a comédia e contra a tragédia. A obra Contes et poésies de La Chaussée reúne os textos “Le cancre”, “Le clémentine”, “Ima”, “L´origine de la barbe”, “Le roi Hugon”, “Épître de Clio”, “Compliment au Roi”, entre outros.Item Histoire de Manon Lescaut(Alphonse Lemerre, 1878) Prévost, Antoine FrançoisAntoine François Prévost (1697-1763), dito d’Exiles, mais conhecido por seu título eclesiástico (abade), foi um romancista, historiador, jornalista, tradutor e homem da igreja francesa. Em Histoire de Manon Lescaut, a trama se passa na França do século XVIII. Des Grieux era um rapaz ingênuo, inteligente e de bom coração de uma família importante que acabara de completar seus estudos e se preparava para voltar para casa e seguir o rumo que seu pai tinha traçado para sua vida, como era costume na época. Eis que por acaso conheceu a bela Manon Lescaut. Linda, jovem, amante dos prazeres da vida. Contrariando todas as expectativas, Des Grieux desafia tudo e todos para viver seu amor. O problema é que Manon ama loucamente o dinheiro e se envolve com quem pode lhe dar luxo. Pelo amor da jovem, Des Grieux se envolve em todo tipo de loucura. A obra causou escândalo quando foi publicada em 1731, sobretudo pelo fato de que o abade Prévost, assim nomeado porque tinha sido beneditino, e embora excomungado quando a escreveu, extraiu parcialmente da sua vida tumultuosa a matéria de sua obra prima.Item Les Confessions du Comte de **(Librairie des Bibliophiles, 1888) Duclos, CharlesCharles Pinot Duclos (1704-1772) foi um autor francês e colaborador do Dicionário Enciclopédia das ciências, artes e ofícios. Duclos nasceu em Dinan, na Bretanha e estudou em Paris. Os contemporâneos de Duclos relataram que a origem da redação de Les Confessions du Comte de ** remonta a uma conversa com Fontenelle, que o incentivara a escrever, a compor uma obra. Duclos perguntou-lhe qual seria o tema da obra e ele disse que deveria ser sobre o que tinham acabado de conversar. Sem dúvida, Duclos se lembrou do conselho enquanto escrevia a obra. Muito bem recebido pelo público, este romance foi, até 1760, um dos mais lidos da França. O romance desagradou a muitas pessoas no momento de sua publicação e o autor se viu envolvido em vários ataques pessoais. Este romance é uma galeria de retratos superiormente traçados e, nele, o leitor pode encontrar sucessivos retratos da devota Senhora de Gremonville, a preciosa Senhora de Tonins, Senhora de Persigny, a dissipada, a caprichosa Senhora d’Albi, a coquete Senhora de Lery, além de “a fácil”, “a libertina”, “a celerada”, “a conselheira”, “a burguesa”, a charmosa Senhora de Selve, que representa o sentimento, o amor verdadeiro. Contrariamente ao início do romance, o desenlace se dá por meio de uma história contada de forma “virtuosa”.Item Mémoires pour servir à la vie(Librairie des Bibliophiles, 1886) Voltaire"François-Marie d’Arouet [Voltaire], mais bem conhecido como Voltaire, nasceu a 21 de novembro de 1694 em Paris, tendo vindo a falecer na mesma cidade, em 1778, a 30 de maio. Proveniente de uma rica e tradicional família aristocrática, parte da elite francesa durante o reinado de Luís XIV, Voltaire obteve uma ótima educação no Lycée [Liceu] Louis-le-Grand [que fora antes o Collège [Colégio] de Clermont], na capital do reino. Seu pai, ativo na cultura literária da época, introduziu-o nas letras modernas. Desde o início de sua juventude, mesmo contra a vontade paterna, Voltaire aspirou a imitar seus ídolos Molière [1622-1673], Racine [1639-1699] e Corneille [1606-1684], com o objetivo de tornar-se dramaturgo. Em respeito ao pai, contudo, estudou direito como aprendiz de advogado, tendo posteriormente exercido o cargo de secretário de um diplomata francês. Mas Voltaire acabaria por abandonar tais funções, voltando-se para a sociedade libertina de Paris, na década de 1720, entre os reinados de Louis XIV, o Rei-Sol [1638-1715], e Louis XV [1710-1774], respectivamente transcorridos entre 1643 e 1715 e 1715 e 1723, no período nomeado Régence. Sem muitas dificuldades para tornar-se uma figura popular, Voltaire foi capaz de estabelecer-se como homem independente de letras em Paris, iniciando sua carreira com a publicação de seu Œdipe [Édipo], lançado em 1718, releitura da tragédia antiga de mesmo nome. A partir dela, passa a autonomear-se Voltaire. Exilado na Inglaterra entre 1726 e 1729 [após ter sido acusado de difamação por um nobre aristocrata francês], Voltaire amadurece profundamente em tal período sua própria formação filosófica, a tal ponto que, não obstante o exagero, Lord Morley afirmaria: “Voltaire left France a poet and returned to it a sage.” [Voltaire deixou a França como poeta e returnou a ela como sábio] É bastante conhecida a satiricamente impiedosa caracterização do filósofo alemão Gottfried Wilhelm Leibniz [1646-1716] e do otimismo do melhor dos mundos possíveis por Voltaire em seu romance Candide [Cândido], através do personagem Dr. Pangloss. As Memórias para servir à vida do Sr. Voltaire, escritas pelo próprio, obra, no caso presente, editada “par un bibliophile” [“por um bibliófilo”] e publicada pela “Librairie des Bibliophiles” [Livraria dos Bibliófilos], em Paris, em 1886, não sendo um texto cuja densidade filosófica o credenciasse para uma apreciação do pensamento voltairiano, é escrito que cobre um arco de vinte e sete anos, de 1733 a 1760. Como a ele refere-se o editor do presente volume, estas Memórias ”são menos uma autobiografia do autor de Cândido do que um relato circunstanciado de suas relações e desavenças com Frederico II, rei da Prússia.” Tanto é assim que, sempre segundo o mesmo editor, “há até uma edição das Memórias intitulada: A Vida Privada do Rei da Prússia ou Memórias etc.” E, na biblioteca digital [Gallica] da Bibliothèque nationale de France [Biblioteca Nacional da França], a mesma obra tem o título de: “La vie privéee du Roi de Prusse. Ou Mémoires etc.” [A vida privada do Rei da Prússia ou Memórias etc.], e, ademais, o seguinte subtítulo: “Anecdotes du Roi de Prusse. Ou Mémoires etc.” [Anedotas do Rei da Prússia ou Memórias etc.]. Não sendo uma obra densamente filosófica, tampouco, a rigor, uma autobiografia propriamente dita de Voltaire, as Memórias podem mesmo assim oferecer interesse ao pesquisador devotado ao estudo e à reflexão sobre o autor, particularmente no tocante à suas personalidade e biografia."Item Oeuvres de Camille Desmoulins(Charpentier, 1906) Desmoulins, CamilleCamille Desmoulins (1760 - 1794) foi um dos jornalistas e panfletários mais influentes da Revolução Francesa. Seus escritos eram recebidos com exultação entre os militantes, tendo contribuído fortemente para a queda da Bastilha. Foi executado no ano de 1794 após seu envolvimento com os movimentos de revolta. Œuvres de Camille Desmoulins foi publicada no ano de 1906, constituindo-se de uma coletânea de diversos escritos – panfletos, artigos de jornal, correspondências – elaboradas pelo autor, que não haviam sido reimpressos desde a sua publicação à época da Revolução Francesa, ou mesmo que nunca chegaram ao público, como o texto Ode aux états generaux, considerado raríssimo no momento da publicação deste livro. Desse modo, a produção se constitui, não somente como os trabalhos completos de um literato influente e revolucionário, mas também como um documento de um momento delicado e crucial da história do ocidente. Esta edição está dividida em dois tomos. Logo no início do primeiro tomo, o leitor se deparará com o texto intitulado Camille Desmoulins, sa vie littéraire, em que o estudioso Jules Claretie elabora uma introdução à vida e obra de Camille Desmoulins; em Bibliographie de Camille Desmoulins e Principaux ouvrages à consulter sur la vie et les ouvrages de Camille Desmoulins, o leitor encontrará um guia completo das publicações do próprio autor, comentadas pelo organizador, e das publicações que trataram de sua obra; em Ode aux états generaux, o autor elabora uma ode em que convoca seus irmãos à luta em favor da Revolução Francesa. Seguem-se ainda, dentre outros, textos como Réclamation en faveur du Marquis de Saint-Huruge e Jean-Pierre Brissot démasqué, em que o autor se coloca publicamente a respeito do caso do Marquês de Saint-Huruge, um agitador da Revolução, e do de Jean-Pierre Brissot, um dos líderes do movimento girondista, de caráter reacionário, à época da Revolução. No segundo tomo, por sua vez, o leitor se deparará com diversos textos de teor político; dentre eles a série Le vieux cordelier, jornal composto por 8 volumes publicados entre o final de 1793 e o início de 1794, em que o autor desfia todo o seu criticismo radical com fervor ultrarrevolucionário, faz denúncias sobre terror vivido pelos revolucionários e reclama a paz; além dos Discours de la situation politique de la nation e os Discours de Camille Desmoulins sur la situation de la capitale, textos em que o autor procura elaborar um panorama político e social sobre a França e sobre Paris acerca de sua condição pós-revolução.Item Oeuvres de Rabelais(Charpentier, 1861) Rabelais, FrançoisFrançois Rabelais (1494? -1553) foi um monge, médico e escritor francês que inscreveu seu nome na história com a publicação de suas duas obras cômicas: Les horribles et épouvantables faits et prouesses du très renommé Pantagruel Roi des Dipsodes, fils du Grand Géant Gargantua (1532) e La vie très horrifique du grand Gargantua, père de Pantagruel (1534). O conteúdo dos livros se relaciona, uma vez que o primeiro apresenta o filho e o segundo, o pai, respectivamente Pantagruel e Gargantua: tratam-se de dois gigantes, de hábitos extremamente mundanos, que dedicam suas vidas aos excessos: de comida, de bebida, de sexo. A falta de vocação para a carreira religiosa, intensificada pelo espírito crítico e revolucionário do autor, fez com que, após enfrentar alguns problemas com a ordem franciscana, em que era ordenado, tivesse que passar a integrar a ordem beneditina, um pouco menos rígida. Em pouco tempo, porém, o autor deixaria de vez a carreira eclesiástica. Enquanto ainda era ordenado, Rabelais viajou por todo o interior da França, momento em que travou conhecimento da cultura de seu país, seus dialetos e tradições, fontes amplamente exploradas em seus escritos pantagruélicos. Em 1532, Rabelais publica o primeiro dos dois livros, em que apresenta o gigante Pantagruel, e apenas dois anos mais tarde, o segundo, em que conta a história do gigante Gargantua, pai de Pantagruel. Prevendo uma possível repressão por parte da Igreja, Rabelais assinou suas obras com o pseudônimo Alcofribas Masier, um anagrama de seu nome. Ainda assim, elas foram vetadas pela Sorbonne – pelos poderes concedidos a ela pelo governo - e incluídas no Index librorum prohibitorum após serem classificadas, pelo próprio Papa, como obras heréticas. No entanto, seu conteúdo é apenas sarcástico, escatológico e obsceno, o que, mesmo assim, seria suficiente para provocar a aversão nas pessoas. Em Roma, para onde se mudou pouco depois da publicação de suas duas produções, Rabelais estuda medicina e, obtendo o título de doutor em 1537, passa a ser o médico de confiança do clérigo Joachim du Bellay, que se tornou seu grande amigo e protetor e por intermédio do qual conseguiu o perdão do Papa pelo abandono da ordenação e a permissão do rei francês, Francisco I, para a publicação da terceira história da sequência pantagruélica. As obras Pantagruel e Gargântua – originalmente La vie très horrifique du grand Gargantua, père de Pantagruel e Les horribles et épouvantables faits et prouesses du très renommé Pantagruel Roi des Dipsodes, fils du Grand Géant Gargantua –, que abordavam amplamente lendas populares, farsas, romance e obras clássicas valendo-se de uma linguagem simplificada, caíram no gosto popular e foram, por isso, responsáveis pela consagração Rabelais. Produzidos no momento de maior efervescência da transição do medievo para a idade moderna, o conteúdo de seus escritos vai do burlesco à sátira; mas, à parte o bom humor, suas produções traziam à superfície os defeitos de uma sociedade que, mesmo se deparando cotidianamente com as mudanças – de ordem, sobretudo, social e econômica -, voltava às costas para o novo, preferindo manter fortalecidas suas amarras com o passado. Oeuvres de Rabelais, tem como intuito, então, trazer toda a saga pantagruélica, além de elaborar um estudo sobre a vida de Rabelais e suas produções (em Notice historique sur la vie et les ouvrages de Rabelais) e sobre as questões filosóficas envolvidas na produção. A obra ainda conta com um apêndice em que o leitor encontrará uma discussão sobre a legitimidade de excertos atribuídos a Rabelais que tratam da história dos dois gigantes.Item Oeuvres de Vergniaud, Guadet, Gensonné(Achille Faure, 1867) Vergniaud, Pierre VicturnienVergniaud (1759-1794)foi um dos principais chefes dos girondinos nas assembleias legislativas, o mais eloquente de seus oradores. Exercia a função de advogada em Bordeaux quando começaram os primeiros acontecimentos ligados à Revolução Francesa. Eleito deputado, uniu-se ao partido dos girondinos, contudo sempre com certa independência. Mostrava-se hostil à realeza e votou a favor da morte de Luís XIV. Em seguida, tentou opor-se aos excessos dos jacobinos, o que abriu caminho para uma acusação dos girondinos. Foi condenado ao cadafalso em 1794. Esta obra trata da história de Vergniaud, seguida de breves capítulos sobre Guadet e Gensonné. Eis a disposição da edição: Introduction historique - Sur l' émigration - Projet d' adresse au peuple français - Sur la guerre - Sur l' amnistie descrimes commis à Avignon - Sur le serment civique des prêtres - Sur la situation de la -France - Appel au camp - Contre la tyrannie de la Commune - Sur l'appel au peuple - Sur la conspiration du 10 mars - Réponse aux accusations de Robespierre contre les Girondins - Sur la Constitution - Guadet – Gensonné.Item Oeuvres en prose(Charpentier, 1872) Chénier, AndréAndré Chénier foi um jornalista e poeta francês (1762-1794). Aos 31 anos, foi guilhotinado por seu envolvimento com a Revolução Francesa. Com um viés filosófico e por vezes satírico, o autor contribuiu com diversos e importantes jornais, como o Moniteur, o Journal de la Société e o Journal de Paris, nos quais publicou numerosos escritos políticos. Contudo, um grande número de textos de sua autoria só passou a circular ao longo do século 19, momento em que muitos estudiosos se debruçaram sobre sua produção e, a partir do qual, começaram a compor suas obras completas – poemas, cartas, escritos políticos e filosóficos, textos de cunho literário e histórico, entre outros. As Œuvres en prose, compreendem, portanto, os escritos políticos publicados pelo autor nos jornais mencionados acima, além de alguns números e fragmentos póstumos, de teor histórico e literário, e de correspondências, todos escritos entre 1790 e 1793, ano que precedeu sua morte. A presente obra é subdividida em cinco partes: “Œuvres politiques”, na qual que se encontram os textos de caráter político publicados nos jornais Moniteur, Journal de la Société e Journal de Paris; “Fragments”, composta de textos inacabados e de temas diversos, sobressaindo-se aí excertos de caráter político, além do Procès de Louis XVI, que trata da descoberta de documentos que atestavam a traição do rei mencionado, bem como de seu julgamento; “Mélanges e fragments”, em que estão dispostas peças não políticas concebidas sob uma inspiração histórica, artística e literária; Lettres, em que se podem encontrar peças de caráter pessoal, político e mesmo filosófico e Pièces justificatives, em que se podem encontrar, em sua maioria, cartas explicativas – de suas obras, de suas ideias – a diversas pessoas. Œuvres en prose se configura, portanto, além de uma ferramenta indispensável para a compreensão da produção em prosa de André Chénier, como uma obra que muito contribui para apreensão do período político que retrata.Item Produits de la civilisation perfectionnée : maximes et pensées; caractères et anecdotes(Mercure de France, 1905) Chamfort, Sébastien-Roch-Nicolas deSébastien-Roch Nicolas, que tomou posteriormente o nome de Nicolas de Chamfort, (1740-1794) foi um poeta, jornalista, humorista e moralista francês. A obra Máximas e pensamentos traz pequenos e profundos textos de Chamfort, um dos mais polêmicos homens de letras franceses do século XVIII. Sua grande obra foi reunida em uma pilha de cartões soltos que guardava em seus aposentos e nos quais registrava, durante os últimos anos de sua vida, suas reflexões, opiniões, casos e observações sobre os personagens com quem conviviam. Com o olhar de quem frequentou os círculos da aristocracia e se afastou, enojado, daquele mundo de hipocrisia, a escrita de Chamfort, incisiva e irônica, é um grande ataque à sociedade da época, podendo ser definida através de uma de suas máximas: "A melhor filosofia, em relação ao mundo, consiste em aliar o sarcasmo da graça à indulgência do desprezo." Chamfort revela-se um descendente da família dos chamados moralistas franceses do século XVIII, como La Rochefoucauld e La Bruyère". O refinamento, a delicadeza e a vivacidade de espírito expressos em seus epigramas e aforismos, tão típicos daquele século, estão associados à concisão e à elegância da conversação como cultivada nos círculos em que ele vivia, uma arte que logo entraria em extinção.