Navegando por Assunto "Literatura francesa"
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Item Biologie Florale(1891) Letourneau, Charles; C. Reinwald & CieItem Dialogues : Tome premier de ira(1922) Sénèque; Les Belles LettersItem Diderot : étude(Calmann Lévy, 1880) Scherer, EdmondEdmond Scherer (1815-1889) foi um crítico literário, teólogo protestante e político francês. Em Paris, destacou-se por seu talento como crítico literário, sendo o introdutor de grandes escritores estrangeiros na França a partir de textos publicados na grandiosa Revue des Deux Mondes. Em Diderot: étude, Scherer procura realizar uma crítica sobre toda a obra de Denis Diderot enquanto romancista, contista,dramaturgo e filósofo, e mesmo enquanto crítico literário e de arte. Denis Diderot (1713-1784) foi um filósofo, escritor, tradutor e crítico de arte francês e um dos maiores expoentes do Iluminismo, tendo se tornado célebre, sobretudo, pelo romance O sobrinho de Rameau e pela Encyclopédie, obra escrita em parceria com D’Alambert, em 28 volumes, que tinha um objetivo auspicioso: reunir todo o conhecimento produzido no mundo até então. Para Jacó Guinsburg (2004), “com Voltaire e Rousseau, Denis Diderot foi uma das figuras seminais do Século das Luzes e da fermentação cultural que levou à Revolução Francesa. Sua obra e suas ideias, não menos do que as do autor de Candide ou o do Contrato social, encontram-se na base não só do movimento do Racionalismo francês ilustrado como do processo de toda a modernidade filosófica, política, científica, literária e artística.” Já para o autor da obra de que aqui tratamos, “Diderot não é apenas o autor da Encyclopédie, ele é o mais enciclopédico de nossos autores”. Neste texto, Scherer procura abordar criticamente os mais diversos aspectos da obra de Denis Diderot, desde os temas e as tendências filosóficas presentes em cada uma de suas obras e até mesmo sua postura crítica com relação às artes e à literatura. Trata-se, portanto, de um apontamento geral sobre a produção deste que foi um dos mais importantes pensadores e escritores franceses – e ocidentais - da idade moderna.Item Ecrits philosophiques et morceaux propres à donner une idée générale de son système(Joubert, 1847) Schelling, Friedrich Wilhelm Joseph von"Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling nasceu em 27 de janeiro de 1775 em Leonberg, na Alemanha, e faleceu no dia 20 de agosto de 1854, em Bad Ragaz, na Suíça. Amigo próximo de Hegel [1770-1831] e Hölderlin [1770-1843], com os quais frequentou o seminário luterano em Tübingen, entre 1790 e 1795, mudou-se depois para Leipzig, onde entrou mais profundamente em contato com a obra de Kant [1724-1804] e Fichte [1762-1814]. De modo geral, a importância de sua obra está sobretudo calcada em três aspectos: o primeiro é sua Naturphilosophie [filosofia da natureza], que abre a possibilidade de uma perspectiva hermenêutica moderna sobre a natureza, mas que não restringe sua importância ao que pode ser estabelecido apenas em termos científicos; o segundo, a filosofia anti-cartesiana da subjetividade, prefigura algumas das melhores ideias de grandes pensadores como Heidegger [1889-1976], Nietzsche [1844-1900] e Lacan [1901-1981], mostrando o sujeito pensante como não totalmente transparente para si mesmo; o terceiro, por fim, é sua crítica do idealismo hegeliano, que, entre outros, trouxe influência a Kierkegaard [1813-1855], Marx [1818-1883], Nietzsche e Heidegger. A presente tradução francesa, publicada em 1847 ― e, pois, distante sete anos da morte de Schelling ―, foi preparada por Charles Bénard [Charles Magloire Bénard; 1807-1898], autor, entre outros, de Précis de Philosophie [Sumário de Filosofia], De l’enseignement de la philosophie [Do Ensino da Filosofia], De la philosophie dans l’éducation classique [Da Filosofia na Educação Clássica], obras não por acaso em uníssono com o pano de fundo do espiritualismo cousiniano então vigente entre gauleses, cujo patrono, Victor Cousin [1792-1867], orientara Bénard no tocante à tradução de obras filosóficas alemãs para o francês. Notar-se-á, en passant, que o próprio Schelling pronunciara-se sobre o pensamento de Cousin, pronunciamento este, por sua vez, traduzido para o francês por um aliado do autor do ecletismo francês [Jugement de M. De Schelling sur la philosophie de M. Cousin; traduit de l’allemand et précedé d’un essai sur la nationalité des philosophies par J. Willm. Paris: Lavrault, 1835 [Juízo do Sr. Schelling sobre a filosofia do Sr. Cousin, traduzido do alemão e precedido de um ensaio sobre a nacionalidades das filosofias por J. Willm]]. Em meio a este cenário, vê-se logo que tais Escritos filosóficos e fragmentos adequados a dar uma ideia geral de seu sistema, já em consonância com o título e objetivo do recolho traduzido por Bénard, não correspondem a uma obra propriamente dita de Schelling, mas a uma tentativa de, por meio de seleção julgada apropriada pelo próprio tradutor, divulgá-lo junto ao leitor francês, em especial, mas também ao francófono, em geral. O conteúdo desta tradução francesa apresenta um conjunto de quatorze lições ministradas por Schelling em 1802, na Universidade de Jena, instituição na qual ensinara de 1798 a 1803. Nelas, o exposto por ele remete em especial à sua obra fundamental, publicada em 1800, Sistema do Idealismo Transcendental [System des transzendentalen Idealismus]. Os temas nelas evocados, entre outros, abordam a filosofia e as ciências [particularmente a física, a química, a medicina e a “ciência da natureza orgânica” [a então, como tal, nascente “biologia”, cuja expressão fora difundida a partir de 1802 na obra Biologie oder Philosophie der lebenden Natur [Biologia ou Filosofia da Natureza Vivente], de Gottfried Reinhold Treviranus [1776-1837]]], a filosofia e a teologia, a filosofia e a arte. Afora tais lições, o restante do livro composto por Bénard [cujo prefácio ao mesmo, por sinal, alonga-se por mais de cem páginas] apresenta ainda dois estudos unitários do filósofo romântico alemão [“Discurso sobre as artes do desenho em sua relação com a natureza”; “Sobre Dante em perspectiva filosófica”], bem como um conjunto de “Diversos fragmentos extraídos das obras de Schelling”, relacionados à filosofia, à religião, à política e à história, à natureza e à arte, sempre de acordo com as denominações propostas pelo próprio tradutor do volume em pauta. Num “Suplemento” final, Charles Bénard brinda-nos ainda com dois excertos de outras autorias: um de Schlegel [trata-se de August-Wilhelm Schlegel [1767-1845]: “Sur le rapport des beaux-arts avec la nature” [Sobre a relação das belas-artes com a natureza]], outro de Goethe [Johann Wolfgang von Goethe [1749-1832]: “Sur la vérité et la vraisemblance dans les œuvres d'art” [Sobre a verdade e a verossimilhança nas obras de arte]]."Item Oeuvres morales de la Marquise de Lambert(Librairie des Bibliophiles) Lambert, Anne Thérèse de Marguenat de Courcelles, marquesa deAnne-Thérèse de Marguenat de Courcelles (1647-1733), que após seu casamento se tornou Madame de Lambert, Marquise de Saint-Bris, ficou conhecida como a Marquesa de Lambert e foi uma escritora e salonnière francesa. Filha de um mestre do Tribunal de Contas de Paris, Anne-Thérèse perde seu pai ainda na infância, e sua mãe se casa em segundas núpcias com François Le Coigneux de Bachaumont, um apreciador das belas letras. Seu padrasto se ocupa massivamente de sua educação e incute nela o amor pela literatura. Suas primeiras experiências de escrita têm início já na adolescência: esquivando-se dos prazeres da juventude, Anne-Thérèse dedica horas a fio à leitura e à confecção de excertos de cunho reflexivo. Aos 19 anos, Anne-Thérèse se casa com o Marquês de Lambert, que foi governador do Luxemburgo. Viúva em 1686 com um filho e uma filha, ela passa a residir em Paris, e sua casa se torna o ponto de encontro das personalidades mais distintas da cidade: dentre os frequentadores de suas reuniões, estavam os amigos Fontenelle, St. Aulaire, Lamotte e, sobretudo, Fénelon, de quem Anne-Thérèse era discípula confessa. A Marquesa de Lambert morre em 1733, aos oitenta e seis anos de idade. As Oeuvres morales de la Marquise de Lambert compreendem suas cinco obras mais célebres: Avis d’une mère à son fils, Avis d’une mère à sa fille, Traité de l’amitié, Traité de la vieillesse e Réflexions sur les femmes. Apesar de a publicação de suas produções não ter sido consentida pela autora, os textos, geralmente em forma de ensaio, se propagaram através de manuscritos descuidados e ganharam mesmo tradução para a língua inglesa. Seu conteúdo era de cunho educativo, fortemente pedagógico e moralista: as duas primeiras obras foram escritas para seus filhos e reuniam conselhos sobre como homens e mulheres deviam se portar na sociedade da época (fim do século XVII e primeira metade do século XVIII); o Traité de l’amitié apresenta um estudo sobre o poder e a dificuldade de uma amizade ética; o Traité de la vieillesse se configura em um “lamento” da negligência sofrida pelos idosos na sociedade em que vivia; e as Réflexions sur les femmes, a cuja publicação a Marquesa de Lambert se opôs fortemente, se configuram como uma apologia à dignidade e aos direitos das mulheres que, para ela, eram deixados de lado. Pela eloquência e refinamento de suas ideias, a Marquesa de Lambert foi uma das mulheres mais notáveis de seu tempo, e a opinião dos melhores juízes conferem às suas obras um lugar de destaque entre os clássicos da educação e da moralidade.Item Pastiches et mélanges(Gallimard, 1919) Proust, MarcelPastiches et Mélanges é uma obra de Marcel Proust (1871-1922), publicada em 1919. Trata-se de uma coletânea de prefácios e artigos publicados, principalmente, em Le Figaro, a partir de 1908, reunidos em um volume a pedido de Gaston Gallimard. A obra é dedicada a um amigo do autor, Walter Berry, um jurista americano e francófilo que apoiou a causa da França junto ao governo dos Estados Unidos no momento da primeira Guerra Mundial. A primeira parte da obra, Pastiches, contém nove pastiches literários cujo tema é o “caso Lemoine”, acontecimento que foi assunto de crônica em 1908-1909. A maior parte destes textos foi publicada no Supplément littéraire du Figaro a partir de 1908. O caso Lemoine ainda inspirou outros pastiches de Proust que não fazem parte da coletânea. A segunda parte da obra, Mélanges, possui quatro seções. A primeira, « En mémoire des églises assassinées », reúne textos consagrados às destruições provocadas pela Primeira Guerra Mundial em Caens, Amiens e Rouen, sobretudo. Outras páginas, escritas em 1900, evocam John Ruskin, autor de quem Proust havia traduzido a obra La Bible d'Amiens. A segunda seção, « La mort des cathédrales », é um artigo do Figaro no qual Proust se opunha, em 1904, a um dos artigos da lei de separação entre a igreja e o Estado. A terceira seção, « Sentiments filiaux d'un parricide » (1907), trata de um drama da loucura. Enfim, « Journées de lecture » (1905 e 1907) é o prefácio à tradução de Sésame et les lys, de Ruskin.Item Soirées du Stendhal Club : deuxième série(Mercure de France, 1908) Arbelet, Paul; Stryienski, CasimirStendhal Club é uma organização francesa de estudiosos que, desde o início do século XX, se dedica à obra de Henri Beyle, mais conhecido como Stendhal. Nesta obra, os estudiosos Paul Arbelet e Casimir Stryienski apresentam, em cinco capítulos, alguns escritos inéditos sobre Stendhal, cujo conteúdo privilegia o lado mais pessoal do autor. No primeiro capítulo, intitulado “Stendhal en famille”, encontram-se escritos de âmbito familiar: textos sobre a relação de Stendhal com seu pai, seu filho e com sua irmã, podendo-se encontrar aqui, ainda, uma coleção de cartas enviadas por ela ao irmão. O segundo capítulo, intitulado “Amours milanaises”, trata da vida e da paixão de Stendhal pela Itália e por Milão, onde viveu, para onde retornou diversas vezes – fosse por questões políticas ou pessoais - e, sobretudo, onde conheceu o amor de sua vida: Matilde Viscontini Dembowski. O terceiro capítulo, intitulado “L’égotisme”, trata dos escritos do ano de 1811, ano em que o autor viajou por toda a península itálica, e ao fim do qual retornou à Paris no momento em que a guerra contra a Rússia se preparava. No quarto capítulo, nomeado “L’Homme de Lettres”, encontram-se a) um capítulo inédito das suas “Promenades dans Rome”, caderno de viagens em terras italianas escrito por Stendhal; b) um ensaio sobre ele; c) um comentário sobre as fontes das suas crônicas italianas; d) uma história de Stendhal contada por Balzac e e) um comentário sobre a questão de que Stendhal teria dedicado sua Histoire de la Peinture en Italie a Napoleão. O quinto e último capítulo, intitulado “Sur la tombe de Stendhal”, trata da morte do autor.Item Souvenirs(Librairie des Bibliophiles, 1883) Caylus, Madame deMadame de Caylus (1673-1729) foi uma escritora e memorialista francesa. Sobrinha de Madame de Maintenon e filha de um tenente-general das forças navais, foi, desde os sete anos de idade, endereçada aos cuidados de sua tia. Aos treze anos casa-se com um oficial de alta nascença, Jean- Anne, Conde de Caylus, com quem teve dois filhos. Madame de Caylus teria ficado famosa por sua beleza, doçura e inteligência, que rendiam todos que a conheciam. Foi a ela que Racine compôs o prólogo de Esther, de modo que Madame de Caylus teria inclusive interpretado diante da Corte e a pedido do rei diversos personagens dessa tragédia, e notadamente, o seu papel principal. Provavelmente durante os últimos quinze anos de sua vida, ela lançou ao papel, com a ajuda de seu filho, as anedotas e narrativas às quais não ousou chamar de “Memórias”, mas que, ao conselho do filho, modestamente intitulou Souvenirs. Para Voltaire, estas memórias são como um verdadeiro retrato – um quase documento - da corte de Luís XIV: o manuscrito teria caído nas mãos de Voltaire e de Diderot, sendo atribuído ao primeiro a edição, publicação e elaboração do prefácio e das notas da primeira edição. De acordo com Sainte-Beuve, aclamado crítico literário francês do século XIX, “sua pena corre com abandono, com negligência; mas essas negligências são as mesmas que fazem a facilidade e o charme da conversa (...) ela toma de cada pessoa o traço dominante e agarra o que se deve fazer ver em cada um”. Os souvenirs vêm apresentados em forma de boa conversa, de simples relato, sem que se houvesse preocupação com leitores futuros. Esse caráter relativamente informal, íntimo, confere aos fatos e anedotas delineados uma maior veracidade, transformando-os em retratos dos costumes e das ideias, não só de sua autora, mas também da época e da própria sociedade em que ela vivia.Item Stendhal (Henri Beyle)(Mercure de France, 1908) StendhalStendhal – originalmente Henri-Marie Beyle, (1783-1842) – foi um escritor romântico-realista francês que se tornou célebre, sobretudo, por seus romances O vermelho e o negro e A Cartuxa de Parma. Suas obras buscavam retratar a sociedade da época: Stendhal compreendia o romance como um espelho que se passeia por uma longa via. Suas personagens, no entanto, são construídas a partir do realismo psicológico, de modo que o autor pintara, de maneira acurada, os sentimentos de suas personagens principais. Seu olhar crítico para a sociedade, sua “falta de hipocrisia”, nas palavras de Léautaud, teriam, entretanto, dificultado a aceitação de suas obras em seu meio no momento de suas publicações, obras que viriam a ser devidamente valorizadas alguns anos mais tarde. A obra Stendhal se configura como uma coleção de escritos stendhalianos de diversas naturezas, que se destacam – pela sua expressão, pelo seu estilo - em sua produção: desde os fragmentos mais marcantes de seus romances mais célebres, até suas correspondências. O livro está dividido em Journal, Henri Brulard, Souvenirs d'égotisme, Préfaces, Le Rouge et le noir (fragmentos), La Chartreuse de Parme (fragmentos), Anecdotes italiennes, Anecdotes françaises, De l'Amour e Correspondance. Para Paul Léautaud, prefaciador da edição em questão, “em Stendhal, o homem importa do mesmo tanto que a obra. Impossível de os separar, pois um e outro se completam e se explicam mutualmente. É nesse sentido que foi composta esta escolha de páginas. Ao lado do romancista, cedemos um grande lugar ao autobiógrafo, ao turista, ao crítico, ao anedotista, e ao analista da paixão e do espírito que ele foi em tão alto grau” (tradução nossa). As três primeiras obras comentadas mais acima - Journal, Henri Brulard, Souvenirs d'égotisme – têm caráter autobiográfico. Seu Journal, por exemplo, conta com trechos datados em que expõe seu pensamento acerca da arte, da política e de aspectos diversos e por vezes corriqueiros com que se defrontava em sua vida. As outras duas obras são apresentadas fragmentariamente, com ênfase nos capítulos que se destacam na narrativa. Em Préfaces, encontram-se os prefácios elaborados pelo autor para suas mais diversas obras, como Le Rouge et le Noir e La Chartreuse de Parme. O mesmo se dá com a abordagem desses dois romances: expostos fragmentariamente, as duas maiores produções de Stendhal vêm aqui representadas por alguns capítulos selecionados e extraídos de cada obra. Em Anecdotes italiennes e Anecdotes françaises, Stendhal procura registrar anedotas ou episódios que diz ter ouvido ou vivenciado. Vale ressaltar que Stendhal desempenhou papel de diplomata na Itália, onde se encontra a razão para a divisão dos “casos” em anedotas francesas e italianas. No capítulo intitulado De l’Amour encontra-se capítulos do ensaio homônimo sobre o amor, em que o autor busca realizar uma análise psicológica do sentimento amoroso, além de um estudo sociológico dos costumes amorosos de diferentes países. Para concluir, no capítulo intitulado Correspondance, o livro dispõe de algumas correspondências do autor endereçadas a entes da família ou mesmo a grandes personalidades da época, como Honoré de Balzac.Item Traite de dentisterie operatoire(1889) Andrieu, E.; O. Doin