Navegando por Assunto "Jesus Cristo"
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Item Jésus et les origines du Christianisme(G. Havard, 1896) Proudhon, Pierre-JosephItem Le problème de Jésus(Ernest Flammarion, 1914) Guignebert, CharlesCharles Guignebert (1867-1939) foi um historiador francês, especialista em história do cristianismo, abordada sob a perspectiva e os métodos de Alfred Loisy, tendo, como este, contribuído para a crise modernista. Aluno de Ernest Renan, foi professor na Université de la Sorbonne de 1906 a 1937 após defender uma tese de doutorado sobre Tertuliano em 1902. Foi autor de livros como Jésus (1933), Le Monde juif vers le temps de Jésus (1935) e Le Christ (1943). O problema de Jesus interessa-se, como já o fizera Renan, pelo Jesus histórico, e pergunta-se desde o início pela realidade ou construção de sua figura. Retraça, para isso, uma história de questionamento do Jesus histórico, partindo de racionalistas do século XVIII como Bruno Bauer ou Albert Kalthoff, responsável por uma teoria que veria nos evangelhos sobretudo um movimento social influenciado pelo apocalipse judeu. Representariam, segundo Guignebert, uma “construção em que se encontram expostos, sob a forma simbólica de uma espécie de biografia, as primícias de um movimento social de tendência messiânica, que evolui rapidamente na direção de uma organização religiosa” (p. 55). No segundo capítulo, trata de alguns sistemas de reconstrução do cristianismo sem Jesus ou, por assim dizer, de explicações do nascimento e propagação do cristianismo com abstração da figura do Jesus histórico, como o de Arthur Drews, autor de O mito do Cristo (1909). Por fim, o terceiro capítulo, intitulado “A historicidade de Jesus”, tenta responder a alguns dos argumentos desses “negacionistas”. Contra Kalthoff, por exemplo, pergunta-se porque uma religião concebida como revolta social pregaria justamente valores como o amor fraterno e a caridade (p.125) ou porque os próprios judeus não teriam negado a existência de Jesus (p. 148).Item Pensées de Pascal(Ch. Delagrave, 1887) Pascal, BlaiseBlaise Pascal (1623-1662) foi um dos mais importantes físicos, matemáticos, filósofos moralistas e teólogos franceses de todos os tempos. Desde a juventude, descobriu sua vocação para os estudos físicos e matemáticos e, dessa forma, sua família se muda para Paris para viabilizar os estudos do único filho. Dentre as suas contribuições para Matemática, destacam-se a Geometria Projetiva e a Teoria das Probabibilidades, entre outras. Já na Física, Pascal contribuiu para o estabelecimento dos estudos sobre a pressão atmosférica e a mecânica dos fluidos. No entanto, a partir de 1654, após vivenciar uma experiência religiosa, Pascal abandona quase que completamente a ciência para se dedicar à filosofia e à teologia. A obra Pensées de Pascal é um dos poucos textos escritos no século XVII cujos manuscritos originais chegaram aos dias atuais. Ainda que inacabada, a obra se configura como o trabalho teológico mais importante de seu idealizador e se constitui de um exame lógico em defesa da fé e da religião cristãs, cujo requinte e eloquência conquistaram a admiração de críticos e historiadores renomados, como Sainte-Beuve e Will Durant. Como já dito, a obra ficou inacabada dada a morte prematura de seu idealizador. Após seu falecimento, foram encontrados os manuscritos daquilo que se tornou as Pensées: muitas folhas com pensamentos isolados, dispostas em uma ordem provisória, porém contundente. A proposta de Pascal era a de escrever um livro que explicasse as razões para se acreditar na revelação feita pela religião cristã. Para o autor, só se poderia encontrar a paz interior e a verdadeira bondade em Deus. A publicação póstuma, ainda incompleta, das Pensées, foi realizada pela família e amigos de Port Royal em 1670. A versão completa e definitiva só viria a ser conhecida no século XIX, garantida pela conservação dos manuscritos e editada pelo filósofo Victor Cousin.Item A propos d'histoire des religions(Emile Nourry, 1911) Loisy, AlfredAlfred Loisy (1857-1940) foi um renomado padre e teólogo francês. Ex-seminarista do Grand Séminaire de Chalons-en-Champagne, foi aluno de filosofia e, em seguida, professor do Institut Catholique de Paris, onde, desde cedo, esteve encarregado do ensino do texto bíblico. Doutor em teologia com uma tese sobre a história do cânone do Antigo Testamento, publicou La composition et l’interprétation historique des Livres Saints em 1892, em que já afirmaria a importância do método histórico-crítico na interpretação das escrituras. Em virtude disso, foi obrigado a afastar-se do Instituto, ao que seguiu a sua indicação, através de amigos, para um posto na École Pratique de Hautes Études em Paris. É nesse momento que publica L’Évangile et l’Église (1902), obra de enorme repercussão — há um exemplar na Casa Fernando Pessoa, por exemplo —, e uma das responsáveis pelo que se chamou de “crise modernista”. Loisy seria, como consequência, excomungado em 1908, conforme decreto promulgado pelo Santo Ofício: “todo mundo sabe que o padre Alfred Loisy, morador da diocese de Langres, ensinou e publicou teorias que arruínam o fundamento da fé cristã...” Foi posteriormente nomeado para a cátedra de História das religiões do Collège de France, que ocupará até 1933, período de numerosa produção exegética: de livros como La Naissance du christianisme (1933) e Les Origines du Nouveau Testament (1936), dentre outros. A respeito de História das religiões reúne cinco artigos anteriormente publicados por Loisy. O primeiro deles provém de um debate com o livro Orpheus (1909) de Solomon Reinach, a propósito da definição de religião a partir da ideia de tabu ou de um sistema de proibições. O segundo, também suscitado pela publicação de Reinach, dedica-se à popularização e ao ensino de história das religiões em ambiente escolar, face, duplamente, a uma neutralidade que poderia ser da ordem da negação religiosa e a um direito da “criança que crê de não ser violentamente despojada de uma fé que é parte integrante de sua vida moral”(p.20). O terceiro artigo percorre as noções de magia, ciência e religião, buscando semelhanças e diferenças entre elas. No caso da magia e da religião, afirma, por exemplo, que ambas são ritos tradicionais que supõem uma força misteriosa, mas possuem relação diversa com o organismo social ao qual pertencem (p.173). O quarto capítulo investiga a personalidade de Jesus em resposta a uma enquete do Hibbert journal de 1909 intitulada “Jesus ou Cristo” e baseada numa pergunta de Robert Richford Roberts sobre se o Jesus histórico não seria incompatível com o Cristo da teologia. O quinto capítulo, por fim, discute o livro O mito do Cristo do filósofo alemão Arthur Drews, segundo o qual Jesus não teria existido historicamente.