Religião
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Navegando Religião por Assunto "Cristianismo"
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Item L'Essenza del cristianesimo(Fratelli Bocca, 1908) Harnack, Adolf vonCarl Gustav Adolf von Harnack (1815-1930) foi um teólogo luterano alemão e proeminente historiador da igreja. Professor e doutor em teologia, direito, medicina e filosofia, além de conselheiro político, von Harnack é considerado o mais notável teólogo protestante e historiador da Igreja do fim do século XIX e do início do século XX, além de um dos mais importantes teóricos do nacionalismo liberal e protestantismo alemão.O período mais frutífero do autor vai de 1873 a 1912, momento em que Harnack traça, a partir de várias publicações, a influência da filosofia helenística em escritos cristãos, e estimula os cristãos a questionar a originalidade das doutrinas que surgiram na Igreja. Para o autor, o cristianismo deve romper com o dogmatismo teológico e buscar um retorno à religião da Igreja primitiva, ou seja, ao evangelho do próprio Jesus, por meio do estudo rigoroso da história da doutrina cristã. Da mesma forma, ele também rejeitou o Evangelho de João por considerá-lo não histórico e criticou o Credo dos Apóstolos por conta da adição de pontos doutrinais nunca propostos por Jesus ou pelos primeiros líderes da Igreja. A presente obra, “L'essenza del cristianesimo” - originalmente do alemão Das Wesen des Christentums, ou, em português, A essência do cristianismo – foi o resultado das dezesseis conferências proferidas a 600 estudantes na Universidade de Berlim em 1899/1900. Seu conteúdo representa a expressão mais sintética da pesquisa crítica e do projeto da teologia liberal alemã, de modo que a obra se tornou logo um ponto de referência para as discussões teológicas, que atingiram seu ponto mais dramático com a crise modernista, e foi alvo de intensas críticas de teólogos conservadores. O ponto de vista adotado para a reflexão que guia tais conferências é, como dissemos anteriormente, histórico. Aqui, Harnack colocará em discussão temas como as relações do evangelho com as questões sociais, o direito, a justiça superior, as instituiçoes temporais, a civilização, o trabalho, com a questão cristológica, e da doutrina evangélica com o símbolo, além de procurar pensar historicamente o evangelho e a religião cristã no século apostólico, sua revolução rumo ao catolicismo, bem como seu desenvolvimento no catolicismo grego e romano e no protestantismo.Item L'Impero romano e il cristianesimo : studio storico(Fratelli Bocca, 1914) Manaresi, AlfonsoEste trabalho de Manaresi é composto por um estudo compreensivo, mas não exaustivo, das relações entre a Igreja Cristã e o Estado Romano, abrangendo o período compreendido entre os reinos do imperador Cláudio e o de Constantino. Apresenta-se como uma coleção expositiva de fatos e conclusões bem estabelecidos, valendo-se apenas de documentos de autenticicidade inquestionável. Apesar de não apresentar novas teorias de caráter histórico ou jurídico para explicar a oposição entre o Cristianismo e o Estado Romano, lançando mão de outros estudos e relacionando-os no corpo da narrativa, a obra apresenta grande valor justamente por apresentar rica bibliografia, configurando-se como uma súmula eficaz – ainda que parcial e por vezes conservadora – para o estudo do tema. Seguindo um plano cronológico, e realizando uma discussão não exaustiva das fontes, o autor aborda a tolerância Romana com relação à religião, priorizando a hostilidade direcionada aos cristãos, em um território em que reinava o sincretismo religioso - de que, de acordo com o autor, os próprios cristãos se excluíram, ocasionando a perseguição de seus seguidores. O trabalho é um excelente sumário do que foi realizado em uma difícil e ampla área de pesquisa. Ele apresenta uma leitura mais aproximada de outros trabalhos, é erigido sobre referências acuradas e contém uma excelente bibliografia.Item Méditations sur la religion chrétienne(Michel Lévy frères, 1868) Guizot, M.François Pierre Guillaume Guizot (1787-1874) foi um político e historiador francês. Proveniente de família protestante, foi professor de história na Sorbonne, quando participaria ativamente da vida política francesa durante a primeira Restauração, sendo nomeado Conselheiro do Estado em 1818. Foi defensor de uma monarquia constitucional. Em 1822, teve o seu curso de História do governo representativo proibido, quando passaria a dedicar-se mais exclusivamente a estudos históricos, por assim dizer, como Essais sur l’histoire de France (1823) e Histoire de la Révolution d’Angleterre (1826-1827), literários, sobre Shakespeare, de quem foi tradutor. Sob o ministério liberal de Martignac, retoma seus cursos na Sorbonne e é eleito deputado de oposição em 1830. Será ministro do Interior e, posteriormente, da Instrução pública. Com a queda de Thiers, alinha-se à direita e torna-se presidente do Conselho até a Revolução francesa, quando foge com sua família a Londres. Meditações sobre a religião cristã: em sua relação o estado atual das sociedades e do espírito é um volume complementar a outros dois estudos de Guizot. Nele o autor empreende uma defesa da religião cristã face ao mundo moderno, evidenciando a proximidade do cristianismo com os princípios da nova sociedade, com a razão, a ciência – no terceiro capítulo ou terceira meditação, intitulada “O cristianismo e a ciência” – e com a liberdade, já em seu capítulo inicial. Opondo o cristianismo aos detratores que identifica no século XIX, às suas “forças mais contrárias” (p. iii): o positivismo, o racionalismo, o panteísmo, etc., Guizot defenderia o cristianismo como um fundo moral, uma espécie de verdade interior do homem, capaz, só assim, de votar-se à liberdade contra as forças materiais que o assolam. Liberdade também política, em estreita relação com uma “verdade de ordem intelectual”. Para ele, a religião cristã seria “necessária ao firme estabelecimento da liberdade política entre nós” (p. lxii).Item A propos d'histoire des religions(Emile Nourry, 1911) Loisy, AlfredAlfred Loisy (1857-1940) foi um renomado padre e teólogo francês. Ex-seminarista do Grand Séminaire de Chalons-en-Champagne, foi aluno de filosofia e, em seguida, professor do Institut Catholique de Paris, onde, desde cedo, esteve encarregado do ensino do texto bíblico. Doutor em teologia com uma tese sobre a história do cânone do Antigo Testamento, publicou La composition et l’interprétation historique des Livres Saints em 1892, em que já afirmaria a importância do método histórico-crítico na interpretação das escrituras. Em virtude disso, foi obrigado a afastar-se do Instituto, ao que seguiu a sua indicação, através de amigos, para um posto na École Pratique de Hautes Études em Paris. É nesse momento que publica L’Évangile et l’Église (1902), obra de enorme repercussão — há um exemplar na Casa Fernando Pessoa, por exemplo —, e uma das responsáveis pelo que se chamou de “crise modernista”. Loisy seria, como consequência, excomungado em 1908, conforme decreto promulgado pelo Santo Ofício: “todo mundo sabe que o padre Alfred Loisy, morador da diocese de Langres, ensinou e publicou teorias que arruínam o fundamento da fé cristã...” Foi posteriormente nomeado para a cátedra de História das religiões do Collège de France, que ocupará até 1933, período de numerosa produção exegética: de livros como La Naissance du christianisme (1933) e Les Origines du Nouveau Testament (1936), dentre outros. A respeito de História das religiões reúne cinco artigos anteriormente publicados por Loisy. O primeiro deles provém de um debate com o livro Orpheus (1909) de Solomon Reinach, a propósito da definição de religião a partir da ideia de tabu ou de um sistema de proibições. O segundo, também suscitado pela publicação de Reinach, dedica-se à popularização e ao ensino de história das religiões em ambiente escolar, face, duplamente, a uma neutralidade que poderia ser da ordem da negação religiosa e a um direito da “criança que crê de não ser violentamente despojada de uma fé que é parte integrante de sua vida moral”(p.20). O terceiro artigo percorre as noções de magia, ciência e religião, buscando semelhanças e diferenças entre elas. No caso da magia e da religião, afirma, por exemplo, que ambas são ritos tradicionais que supõem uma força misteriosa, mas possuem relação diversa com o organismo social ao qual pertencem (p.173). O quarto capítulo investiga a personalidade de Jesus em resposta a uma enquete do Hibbert journal de 1909 intitulada “Jesus ou Cristo” e baseada numa pergunta de Robert Richford Roberts sobre se o Jesus histórico não seria incompatível com o Cristo da teologia. O quinto capítulo, por fim, discute o livro O mito do Cristo do filósofo alemão Arthur Drews, segundo o qual Jesus não teria existido historicamente.