Navegando por Autor "Taine, Hippolyte-Adolphe"
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Item Étienne Mayran : fragments(Hachette, 1910) Taine, Hippolyte-AdolpheTaine (1828-1893) foi um dos mestres do pensar da França no final do século XIX e também foi admirado pelos ingleses, cuja literatura interpretou com maestria e dogmatismo. Suas teorias demasiado absolutas foram, várias vezes, refutadas; o brilho de seu estilo um pouco artificial se manchou, sua fé na ciência não é mais aquela dos modernos. Contudo, como crítico literário e crítico de arte, como psicólogo e historiador, permanece como um dos pensadores mais importantes e uma das figuras mais cativantes do fim do século XIX. No período da escrita de Étienne Mayran, o autor, aos trinta anos e atravessando uma crise intelectual, começa a se questionar sobre os rumos de sua carreira, de seus textos e decide conciliar duas tendências contraditórias – a do filósofo e a do artista, ao mesmo tempo em que frequenta os irmãos Goncourt e Gustave Flaubert. Neste romance inacabado, Taine retrata, em oito capítulos, a humilde narrativa da mais humilde das aventuras – Étienne é um garoto de 14 anos, muito inteligente, muito sensível, criado de forma excêntrica e meio selvagem em uma cidadezinha de interior. Acabou de perder o pai e é muito pobre. O acaso faz com que certo M. Charpentier, diretor de escola em Paris, chegue a seu vilarejo e o escolha para seguir os estudos na capital francesa. Enfim, são retratados, aqui, seu cotidiano no liceu, suas dificuldades e sentimentos. Ecos stendhalianos são ouvidos, a lembrança de Julien Sorel é recorrente. Segundo o editor de suas Correspondances, o romance é um misto de “reminiscências pessoais com as lembranças de juventude de Sorel”.Item Un séjour en France de 1792-1795 : lettres d’un témoin de la Révolution Française(Hachette, 1895)"Hippolyte Adolphe Taine (tradutor da obra), nasceu em Vouziers, na região de Champagne-Ardenne, na França, no dia 21 de abril de 1828, tendo vindo a falecer a 5 de março de 1893, em Paris. Um dos expoentes do Positivismo do século XX na França, Taine formulou um método que consistia em fazer história de maneira a compreender o homem por meio de três partes essenciais: o meio ambiente, o momento histórico e a raça. Crítico severo do ecletismo espiritualista [capitaneado por Victor Cousin [1792-1867]], dominante na filosofia e na intelligentsia francesa do século XIX, Taine é uma das figuras mais representativas do mundo cultural europeu do Oitocentos. Sua atividade de intelectual transitou da filosofia à psicologia, da crítica literária e artística à história. Morreu enquanto trabalhava na monumental Les origines de la France contemporaine [As origens da França contemporânea] [1876-1894], obra em seis volumes cujo último deles foi publicado postumamente. Uma estadia na França, de 1792 a 1795. Cartas de uma testemunha da Revolução Francesa, como já indicado no próprio título, trata de um período circunscrito da Revolução Francesa, não, pois, dela como um todo, período conhecido como da Convenção Nacional [“Convention nationale”], que perdura de 20 de setembro de 1792 a 26 de outubro de 1795, parte do qual, especialmente radical e violenta, deveio conhecida como “O Terror” [“La Terreur”]. A obra em pauta, tradução para o francês do original inglês, foi escrita por uma dama britânica, a qual optou pelo próprio anonimato. Como título da terceira edição original da obra, segundo cópia da mesma na qual se baseou a presente tradução francesa, lê-se: A residence in France, during the years 1792, 1793, 1794 and 1795, described in a series of letters, from an English lady, with general and incidental remarks of the french character and manners etc. [Uma estadia na França durante os anos de 1792, 1793, 1794 e 1795, descrita numa série de cartas por uma dama inglesa, com observações gerais e incidentais acerca do caráter e dos modos franceses etc.] Se pairam dúvidas sobre a autenticidade do relato [ele poderia, ao contrário do que afirma, ter sido composto após os eventos nele descritos], é fora de questão o tom fortemente conservador de seu conteúdo, desfavorável à Revolução Francesa, concordando explicitamente, a propósito, com, por exemplo, Reflections on the Revolution in France [Reflexões sobre a Revolução na França], de Edmund Burke [1729-1797]. Se a autora de tais cartas permaneceu no anonimato, o tradutor das mesmas é o conhecido historiador oitocentista francês Hippolyte Taine, que em seu prefácio no livro destaca o valor do relato ― para adeptos ou críticos da Revolução ―, pois ele apresenta no pormenor o que só se conhece no plano geral. Iniciando-se a 10 de maio de 1792, as cartas estendem-se até 22 de junho de 1795."