Navegando por Autor "Stendhal"
Agora exibindo 1 - 5 de 5
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Item Journal de Stendhal (Henri Beyle) 1801-1814(G. Charpentier, 1888) StendhalStendhal – originalmente Henri-Marie Beyle, Grenoble, (1783-1842) – foi um escritor realista francês que se tornou célebre, sobretudo, por seus romances O vermelho e o negro (Le Rouge et le Noir) e A Cartuxa de Parma (La Chartreuse de Parme). Suas obras buscavam retratar a sociedade da época: Stendhal compreendia o romance como um espelho que se passeia por uma longa via. Suas personagens são construídas a partir de um realismo psicológico, de modo que o autor pintara, de maneira acurada, o lado subjetivo de suas personagens principais. Além de escritor, na época do império de Napoleão, Beyle desempenhou cargo diplomático de cônsul da França na Itália, local em que viveu intensas paixões e pelo qual nutriu grande paixão durante toda a sua vida. Apesar de ter se tornado célebre por seus romances, Beyle ainda deixou uma quantidade expressiva de obras dedicadas à sua autobiografia: é o caso de Souvenirs d’égotisme, Vie de Henri Brulard e Journal, escritas em momentos e situações diferentes de sua vida. Em 1888 surge a primeira edição do Journal, elaborada por Casimir Stryienski, grande estudioso da obra stendhaliana. No entanto, ela se mostra incompleta, pois Stryienski ignorava a existência de seis outros cadernos ainda desconhecidos àquela altura. Uma edição posterior, lançada entre os anos de 1923 e 1934, contou com os cadernos faltantes, mas não conquistou a credibilidade de estudiosos e logo desapareceu das vistas do público erudito, tornando-se novamente acessível após cerca de setenta anos. A presente edição consta da publicação ainda incompleta realizada por Casimir Stryienski em 1888 e compreende os cadernos escritos entre os anos de 1801 e 1814. A obra se configura como uma espécie de diário, em que o autor relata a história de sua vida cotidiana. Aqui, Henri Beyle se mostra inteiramente: são longos anos de descrições das sensações, dos projetos, das questões financeiras, de sucessos, de fracassos amorosos, de pensamentos, de eventos diversos, escritos de maneira direta, sem recuos e sem mesmo uma releitura corretora. Nas palavras do próprio autor, “Sou da opinião de que vale mais exprimir mal a verdade, do que superiormente outra verdade”. Journal se configura, portanto, como um dos mais importantes documentos para a compreensão, não apenas da vida, mas sobretudo do espírito e da obra stendhaliana.Item Mélanges d’art et de littérature par de Stendhal(Michel Lévy, 1867) StendhalStendhal (1783-1842) foi um escritor realista francês que se tornou célebre, sobretudo, por seus romances O vermelho e o negro e A Cartuxa de Parma. Em 1800, Stendhal alista-se no exército e passa a viver na Itália. Primeiramente auditor no Conselho de estado, ele deixa a carreira militar poucos anos mais tarde. Seu amor pela Itália, no entanto, o convence a se instalar em Milan no ano de 1814. A partir de então, escreve alguns ensaios e, sete anos mais tarde, retorna a Paris. Passa, então a frequentar os salões intelectuais, conseguindo se reintegrar sem grandes dificuldades na sociedade parisiense. Em 1830, já bem aceito em seus círculos, lança sua obra prima: O vermelho e o negro, em que mostra toda a sua magnitude e realismo de seu estilo. No entanto, sua escrita, “deficiente de hipocrisia”, não é bem compreendida pelo público, de modo que em pouco tempo, Stendhal se vê em dificuldade financeira. Retorna, então, à sua amada Itália e só retorna à França por breves temporadas. Em 1839, três anos antes de sua morte, publica seu romance A Cartuxa de Parma e volta a habitar Paris. A presente obra, Mélanges d’art et de littérature par de Stendhal, é um volume integrante das obras completas do autor publicadas pela companhia de Michel Lévy. Esta edição foi lançada no ano de 1867 e se constitui de uma coletânea de nove textos: dentre eles algumas narrativas curtas e alguns ensaios acerca dos mais variados temas e motivos do universo artístico, seja da literatura, da pintura ou mesmo do interior dos célebres salões. No primeiro ensaio, intitulado Du rire, como o próprio título indica, o autor elabora um ensaio sobre o riso, abordando os motivos para o seu surgimento, seu acontecimento, sua incidência na literatura; o segundo texto, intitulado Vie d'André Del Sarto, tratará da vida e da obra do pintor renascentista florentino Andrea del Sarto; em Vie de Raphaël, Stendhal dedicar-se-á à mesma atividade realizada no ensaio anterior, tendo agora em seu centro o pintor Raffaello Sanzio, outro pintor renascentista e florentino; em Le Coffre et le Revenant, Beyle apresenta uma novela ambientada na Espanha que traz em seu centro a história de amor vivida por Fernando e Inês, ameaçada por um casamento forçado desta com Blas Bustos, um velho diretor da polícia de Granado; em Le Philtre, o leitor encontrará uma brevíssima novela cujo tema são os danos causados pelo amor cego e impiedoso; em Salon de 1824, Stendhal elabora um texto crítico sobre suas impressões a respeito do Salão de 1824, evento em que grandes pintores da época, como Eugène Delacroix e Horace Vernet, expuseram suas produções; no texto Journal d'un voyage en Italie, Stendhal apresenta um diário escrito em uma de suas viagens pelo interior da Itália; em Notes d'un diletante, Stendhal, a partir de comentários acerca da ópera Donna del lago, obra de Gioachino Rossini que estava sendo apresentada em Paris na época, faz um sobrevoo sobre outras produções do compositor; D'un nouveau complot contre les industriels é um panfleto publicado por Stendhal em 1825, no qual critica, de forma bem humorada, a presunção dos industriais de se passarem por homens admiráveis e de bem. Trata-se, portanto, de uma obra heterogênea, em que apresenta textos literários, ensaio, crítica de arte, crítica social, biografia e diário de viagem, e que, por isso, pode interessar aos mais diversos leitores.Item Souvenirs d'égotisme - autobiographie et lettres inédites(G. Charpentier, 1892) StendhalStendhal (1783-1842) foi um escritor realista francês que se tornou célebre, sobretudo, por seus romances O vermelho e o negro e A Cartuxa de Parma. Suas obras buscavam retratar fielmente a sociedade da época; suas personagens foram construídas a partir de um realismo psicológico, de modo que o lado subjetivo de suas personagens viesse acuradamente retratado. Além de escritor, Beyle ainda teria desempenhado, durante o império de Napoleão, o cargo diplomático de cônsul da França na Itália, local pelo qual nutriu grande paixão durante toda a sua vida. Além de seus romances, de qualidade comprovadamente inquestionável, Stendhal ainda nos presenteou com sua tríade autobiográfica, composta pelas obras Vie de Henry Brulard, Journal intime e Souvenir d’égotisme, em que o autor fala de sua vida pessoal, profissional, de seus sonhos, sensações, dos projetos, das questões financeiras, de sucessos, de fracassos amorosos, de pensamentos, de eventos diversos que influenciaram em maior ou menor sua existência. A presente obra, Souvenirs d’égotisme, foi escrita no decorrer do ano de 1832, publicada postumamente no ano de 1892 e figura entre suas obras de cunho autobiográfico. Nela, o autor procurou elaborar um livro de memórias que reconstruísse os eventos que marcaram sua vida entre os anos de 1821, quando retorna a Paris, após passar um longo período em Civita-Vecchia, na Itália, e 1830, momento em que é enviado em missão a Trieste. Aqui, o autor se dedicou à escrita de seu cotidiano, enquanto desempenhava cargos diplomáticos na Itália, mas também de suas paixões, desilusões, anseios e de seus pensamentos a respeito de vários aspectos da vida. Nessa obra, o autor busca manter de maneira rígida seu compromisso com a verdade: são memórias, críticas ao seu próprio estilo de escrita, que ele às vezes julga desajeitado, tudo sem realizar nenhum tipo de revisão, como de costume em suas obras autobiográficas. E é justamente essa espontaneidade que confere ao seu texto a verdade por ele almejada: aqui, Stendhal, despojado de qualquer vontade ou necessidade de maquiar ou falsificar as coisas, fala abertamente de suas relações amorosas, geralmente passageiras e moralmente questionáveis. Em suma, ainda que a partir de sugestões, o autor fala de sua depressão. O livro está dividido em duas partes: na primeira, subdividida em doze capítulos, encontramos os cadernos referentes ao diário do autor, aquilo a que propriamente se chamou de Souvenirs d’égotisme; na segunda, por sua vez, encontramos uma coletânea de cartas trocadas entre Beyle e diversos destinatários – dentre eles seu primo, Conde Daru, Métilde, uma de suas grandes paixões, sua tia Pauline, Louis Crozet, Paul de Musset, Honoré de Balzac, entre outros. A obra ainda conta com um prefácio, elaborado pelo estudioso da obra stendhaliana Casimir Stryienski, que trata da acolhida, não apenas das obras do autor, mas sobretudo de sua própria presença nos grandes salões intelectuais de sua época.Item Stendhal (Henri Beyle)(Mercure de France, 1908) StendhalStendhal – originalmente Henri-Marie Beyle, (1783-1842) – foi um escritor romântico-realista francês que se tornou célebre, sobretudo, por seus romances O vermelho e o negro e A Cartuxa de Parma. Suas obras buscavam retratar a sociedade da época: Stendhal compreendia o romance como um espelho que se passeia por uma longa via. Suas personagens, no entanto, são construídas a partir do realismo psicológico, de modo que o autor pintara, de maneira acurada, os sentimentos de suas personagens principais. Seu olhar crítico para a sociedade, sua “falta de hipocrisia”, nas palavras de Léautaud, teriam, entretanto, dificultado a aceitação de suas obras em seu meio no momento de suas publicações, obras que viriam a ser devidamente valorizadas alguns anos mais tarde. A obra Stendhal se configura como uma coleção de escritos stendhalianos de diversas naturezas, que se destacam – pela sua expressão, pelo seu estilo - em sua produção: desde os fragmentos mais marcantes de seus romances mais célebres, até suas correspondências. O livro está dividido em Journal, Henri Brulard, Souvenirs d'égotisme, Préfaces, Le Rouge et le noir (fragmentos), La Chartreuse de Parme (fragmentos), Anecdotes italiennes, Anecdotes françaises, De l'Amour e Correspondance. Para Paul Léautaud, prefaciador da edição em questão, “em Stendhal, o homem importa do mesmo tanto que a obra. Impossível de os separar, pois um e outro se completam e se explicam mutualmente. É nesse sentido que foi composta esta escolha de páginas. Ao lado do romancista, cedemos um grande lugar ao autobiógrafo, ao turista, ao crítico, ao anedotista, e ao analista da paixão e do espírito que ele foi em tão alto grau” (tradução nossa). As três primeiras obras comentadas mais acima - Journal, Henri Brulard, Souvenirs d'égotisme – têm caráter autobiográfico. Seu Journal, por exemplo, conta com trechos datados em que expõe seu pensamento acerca da arte, da política e de aspectos diversos e por vezes corriqueiros com que se defrontava em sua vida. As outras duas obras são apresentadas fragmentariamente, com ênfase nos capítulos que se destacam na narrativa. Em Préfaces, encontram-se os prefácios elaborados pelo autor para suas mais diversas obras, como Le Rouge et le Noir e La Chartreuse de Parme. O mesmo se dá com a abordagem desses dois romances: expostos fragmentariamente, as duas maiores produções de Stendhal vêm aqui representadas por alguns capítulos selecionados e extraídos de cada obra. Em Anecdotes italiennes e Anecdotes françaises, Stendhal procura registrar anedotas ou episódios que diz ter ouvido ou vivenciado. Vale ressaltar que Stendhal desempenhou papel de diplomata na Itália, onde se encontra a razão para a divisão dos “casos” em anedotas francesas e italianas. No capítulo intitulado De l’Amour encontra-se capítulos do ensaio homônimo sobre o amor, em que o autor busca realizar uma análise psicológica do sentimento amoroso, além de um estudo sociológico dos costumes amorosos de diferentes países. Para concluir, no capítulo intitulado Correspondance, o livro dispõe de algumas correspondências do autor endereçadas a entes da família ou mesmo a grandes personalidades da época, como Honoré de Balzac.Item Vie de Henri Brulard(Emile-Paul, 1923) StendhalStendhal – originalmente Henri-Marie Beyle, (1783-1842) – foi um escritor romântico-realista francês que se tornou célebre, sobretudo, por seus romances O vermelho e o negro e A Cartuxa de Parma. Suas obras buscavam retratar a sociedade da época: Stendhal compreendia o romance como um espelho que se passeia por uma longa via. Suas personagens, no entanto, são construídas a partir do realismo psicológico, de modo que o autor pintara, de maneira acurada, os sentimentos de suas personagens principais. Seu olhar crítico para a sociedade, sua “falta de hipocrisia”, nas palavras de Léautaud, teriam, entretanto, dificultado a aceitação de suas obras em seu meio no momento de suas publicações, obras que viriam a ser devidamente valorizadas alguns anos mais tarde. Vale lembrar que, além de escritor, na época do governo de Napoleão, Beyle desempenhou cargo diplomático de cônsul da França na Itália, local em que viveu intensas paixões e pelo qual nutriu grande paixão durante toda a sua vida. Apesar de ter se tornado célebre por seus romances, Beyle ainda deixou uma quantidade expressiva de obras dedicadas à autobiografia: é o caso de Souvenirs d’égotisme, Journal e Vie de Henri Brulard, escritas em momentos e situações diferentes de sua vida. De acordo com Casimir Stryienski, autor do prefácio da presente edição, “é em 1832 que Beyle começa sua autobiografia sob esse título de Vie de Henri Brulard. (...) Mas ele abandona logo seu projeto; e retorna ao trabalho mais ou menos ao fim de 1835. Suas confissões foram escritas em Cività-Vecchia, onde Beyle, cônsul da França, ocupava seus ócios administrativos e enganava o tédio de seu exílio se estudando e se analisando – não é essa sua paixão dominante que nos revelam todos os seus livros tão transparentes e tão pessoais?” Para o estudioso, nesta obra, Stendhal se endereça aos leitores de 1880 – isto é, aos leitores do futuro - e escreve para eles. Diferentemente do jovem do Journal, aqui, Stendhal mostra-se mais maduro e consciente de si mesmo e escreve aquela que, talvez, possa ser considerada sua obra-prima.