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De gramática e de linguagem
(O Norte, 1922) Barreto, Mario
Mário Castelo Branco Barreto (Rio de Janeiro, RJ, 17 de março de 1879 – Rio de Janeiro, RJ, 9 de setembro de 1931), advogado, filólogo, membro da Academia Brasileira de Filologia, catedrático de português do Colégio Militar do Rio de Janeiro, colaborou em vários jornais cariocas e em algumas revistas nacionais, nos quais respondia a questões de linguagem propostas por consulentes de todo o país. Filho do também filólogo Fausto Barreto (autor da Antologia Nacional em parceria com Carlos de Laet), foi com o pai que Mário Barreto aprendeu o latim e a apreciar os clássicos portugueses. Dentre os periódicos nos quais Mário Barreto colaborou destaca-se a Revista de Língua Portuguesa, de onde foram extraídas as matérias que integram o livro De Gramática e de Linguagem, publicado no Rio de Janeiro, em dois volumes, pela Empresa Industrial Editora “O Norte”, em 1922. A Revista de Língua Portuguesa, idealizada e dirigida por Laudelino Freire (1873-1937), e que circulou entre 1919 a 1935, foi um dos mais importantes periódicos na área filológico-gramatical no Brasil. O período em se inscreve a Revista é marcado por controvérsias e discussões entre o grupo dos puristas, defensores dos cânones gramaticais de base lusíada, ao lado dos quais estava a publicação de Laudelino Freire, e o dos vanguardistas, que pretendiam a autonomia da variante brasileira na sua forma gráfica, literária e lexical. Compõem os quarenta e oito capítulos do De gramática e linguagem, artigos publicados entre 1920-1922 na Revista de Língua Portuguesa, e que giram em torno de questões de gramática propostas pelos leitores e respondidas de forma clara e didática por Mário Barreto, com respaldo dos clássicos portugueses e brasileiros.
De gramática e de linguagem
(O Norte, 1922) Barreto, Mario
Esse manual, de autoria de Mário Barreto (Rio de Janeiro, 1922), é uma publicação da “Revista Língua Portuguesa” - Emp. Industrial Editora “O NORTE” – em dois Tomos. A obra possui uma curiosa organização em forma de respostas a “questionamentos” feitos ao autor, como podemos observar, por exemplo, em: “Ao sr. Gaspar Coutinho declaro que é correcta a frase: [...]”(Cap. XVI, p. 11); “Ao sr. Valentim da Costa diremos que inda não tivemos tempo de ler o livro do professor Júlio Nogueira,— Manual orthographico brasileiro” (Cap. XVIII, p. 23) ou, como em, “Resposta a perguntas várias do sr. Francisco José da Costa: [...]” (Cap. XX, p. 45). O segundo tomo, o qual apresentamos aqui, reúne parte dos 48 capítulos totais do Manual (capítulos 15 ao 48). A partir da descrição e da análise de fragmentos de textos de autores como Fr. Luís de Sousa, Almeida Garrett, entre outros, o autor discorre sobre questões relativas ao Acusativo tácito (Cap. XV, p. 7); sobre questões verbais (Cap. XVI, p. 11) etc. Abordam-se, também, nos capítulos seguintes, outros aspectos da língua, tais como: frases elípticas, particípio, ortografia, orações impessoais com o verbo fazer e verbos transitivos e intransitivos. A obra é dedicada a Rui Barbosa a quem o autor chama de “glória das letras nacionais” (p. 5).