Religião
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Navegando Religião por Autor "Guignebert, Charles"
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Item Le christianisme antique(Ernest Flammarion, 1921) Guignebert, CharlesCharles Guignebert (1867-1939) foi um historiador francês, especialista em história do cristianismo, abordada sob a perspectiva e os métodos de Alfred Loisy, tendo, como este, contribuído para a crise modernista. Aluno de Ernest Renan, foi professor na Université de la Sorbonne de 1906 a 1937 após defender uma tese de doutorado sobre Tertuliano em 1902. Foi autor de livros como Jésus (1933), Le Monde juif vers le temps de Jésus (1935) e Le Christ (1943). O Cristianismo antigo foi escrito como complemento ao livro L’Évolution des dogmes (1910), e a partir de ideia principal: a de que os dogmas se adaptam e se renovam, e que as religiões tampouco são homogêneas; diferentemente, compõem-se de camadas estratificadas que cabem ao historiador identificar, sobretudo face a um período complexo para a religião cristã como foi o que se estendeu do século II ao IV, em que se constituíram a dogmática ortodoxa, a hierarquia clerical e a liturgia. É a esses momentos de constituição da religião cristã que se dedica Guignebert, partindo de suas origens judaicas, da composição dos Evangelhos e da presença de Jesus, da atuação dos apóstolos e de São Paulo, até chegar à fundação e organização da Igreja, não sem dizer, na esteira de Alfred Loisy, que Jesus “não fundou nem quis a Igreja” (p. 160).Item Le problème de Jésus(Ernest Flammarion, 1914) Guignebert, CharlesCharles Guignebert (1867-1939) foi um historiador francês, especialista em história do cristianismo, abordada sob a perspectiva e os métodos de Alfred Loisy, tendo, como este, contribuído para a crise modernista. Aluno de Ernest Renan, foi professor na Université de la Sorbonne de 1906 a 1937 após defender uma tese de doutorado sobre Tertuliano em 1902. Foi autor de livros como Jésus (1933), Le Monde juif vers le temps de Jésus (1935) e Le Christ (1943). O problema de Jesus interessa-se, como já o fizera Renan, pelo Jesus histórico, e pergunta-se desde o início pela realidade ou construção de sua figura. Retraça, para isso, uma história de questionamento do Jesus histórico, partindo de racionalistas do século XVIII como Bruno Bauer ou Albert Kalthoff, responsável por uma teoria que veria nos evangelhos sobretudo um movimento social influenciado pelo apocalipse judeu. Representariam, segundo Guignebert, uma “construção em que se encontram expostos, sob a forma simbólica de uma espécie de biografia, as primícias de um movimento social de tendência messiânica, que evolui rapidamente na direção de uma organização religiosa” (p. 55). No segundo capítulo, trata de alguns sistemas de reconstrução do cristianismo sem Jesus ou, por assim dizer, de explicações do nascimento e propagação do cristianismo com abstração da figura do Jesus histórico, como o de Arthur Drews, autor de O mito do Cristo (1909). Por fim, o terceiro capítulo, intitulado “A historicidade de Jesus”, tenta responder a alguns dos argumentos desses “negacionistas”. Contra Kalthoff, por exemplo, pergunta-se porque uma religião concebida como revolta social pregaria justamente valores como o amor fraterno e a caridade (p.125) ou porque os próprios judeus não teriam negado a existência de Jesus (p. 148).