Literatura Francófona - LFR
URI Permanente para esta coleçãohttps://bibdig.biblioteca.unesp.br/handle/10/28432
Navegar
Navegando Literatura Francófona - LFR por Autor "Chénier, André"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Item Poésies de André Chénier(Charpentier, 1858) Chénier, AndréAndré Chénier foi um poeta francês que esteve ligado aos eventos que culminaram na Revolução Francesa, da qual posteriormente foi vítima. Nasceu em 20 de outubro de 1762, em Constantinopla, onde seu pai, Louis Chénier, era cônsul da França, e morreu guilhotinado, aos 32 anos, em 25 de julho de 1794, em Paris. Bela e culta, sua mãe Santi-L’homaka, de origem grega, o influenciou na paixão pela literatura clássica. Passou parte da sua vida morando no sul da França e, amante da poesia clássica, começou na adolescência a traduzir poetas gregos. Em seguida, em Paris, estudou no Collège de Navarre (1773-1781), onde era um aluno brilhante. Na França, frequentou círculos literários e salões aristocráticos. Participou do movimento revolucionário, a princípio, com grande entusiasmo, mais tarde, acompanhou-o à distância. A partir de 1781, colaborou, juntamente com o amigo Michel Regnaud de Saint-Jean d’Angély, no Jornal de Paris (Journal de Paris), condenando os excessos da Revolução. Preocupado com sua segurança, Chénier deixa Paris. De 1787 a 1790 foi secretário da embaixada francesa em Londres. De volta à França (1790), participou de maneira entusiasta do movimento revolucionário, faz protestos contra os excessos dos jacobinos e colabora na defesa do rei Louis XVI. Foi preso em 7 de março de 1794, vítima de uma conspiração, na prisão de Saint-Lazare. Ainda preso, escreve atacando violentamente a tirania jacobina. Condenado à morte como “inimigo do povo”, foi executado em 25 de julho de 1794 e enterrado em uma vala comum juntamente com outras milhares de vítimas do “Terror”, no cemitério de Picpus em Paris. André Chénier deixou um vasto legado de obras marcadas por uma renovação poética comparável à da Plêiade no século XVI. Amante da beleza antiga, mas homem de seu tempo por sua sensibilidade e ardor cívico, Chénier lembra em muitos aspectos o grande poeta francês Pierre de Ronsard. Em uma época na qual a poesia era considerada como uma técnica, um jogo ou um exercício formal, Chénier reavivou a inspiração, antes do advento do romantismo. Uma inspiração ardente e sincera unida ao culto à arte, essas são as características comuns de todos os seus melhores poemas. Sua breve carreira divide-se em três etapas bem distintas: inspiração antiga, inspiração moderna e poesia militante. A obra Poésies de André Chénier, publicada em 1867, reúne diversas poesias, hinos, odes, jambos de fases distintas do poeta, além de fragmentos de suas elegias e de seus idílios.