Les liaisons dangereuses : lettres recueillies dans une société, et publiées pour l'instruction de quelques autres
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Data
1820
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Resumo
Pierre-Ambroise-François Choderlos de Laclos (1741-1803) foi um oficial e general do exército francês que inscreveu seu nome na literatura com a obra Les Liaisons Dangereuses, cuja primeira publicação data de 1782. Laclos nasceu em uma família burguesa. Aos 19 anos foi enviado para a École Royale d’Artillerie de la Fère, onde, entre os anos de 1760 e 1792, foi nomeado segundo-tenente, tenente, capitão e marechal. Às vésperas da Revolução Francesa (1789), Laclos passa a servir o duque Philippe d’Orléans, tornando-se, em seguida, membro do partido dos jacobinos, mas, devido a uma acusação de cumplicidade com Dumouriez, foi preso por duas vezes em 1793. Retomada a sua liberdade, após alguns anos de serviço juntamente ao governo francês, Laclos retorna ao exército em 1800 como general de brigada das tropas de Reno, cargo a ele conferido pelo imperador Napoleão Bonaparte. Com a promoção, Laclos serviu nas campanhas do Reno e da Itália, tendo aí falecido no ano de 1803. Apesar de sua promoção a capitão no ano de 1771, Laclos vivia entediado com seus deveres na artilharia. Por conta disso, passou a dedicar seu tempo livre à literatura. Sua primeira obra se constituiu em um livro de poemas, intitulado Almanach des Muses. Em seguida, escreve uma ópera cômica intitulada Ernestine, que foi inspirada em uma novela de Marie Jeanne Riccoboni e que não obteve sucesso de público. A grande obra de Laclos viria a ser, então, Les Liaisons dangereuses, considerada ainda hoje como uma obra prima. Visto por diversos críticos como um conto sobre a moralidade, e por outros como uma espécie de um estudo sobre a libertinagem na corte, Les Liaisons dangereuses captura as fraquezas da aristocracia francesa à época da Revolução Francesa. A obra, que se trata de um romance epistolar composto por 175 cartas, (a presente edição conta com dois tomos), retrata a história de dois nobres franceses, o Visconde de Valmont e a Marquesa de Merteuil, que ocupavam seu tempo “gerenciando” as relações pessoais entre as pessoas ao seu redor: de maneira inescrupulosa, os nobres não hesitam em manipular e envolver as demais personagens em intrigas e jogos de sedução, por vezes mesmo submetendo-as a situações humilhantes. O escândalo causado por esse romance epistolar na época de sua publicação se compara ao das produções eróticas do Marquês de Sade. A obra se configurou como uma crítica vívida à nobreza francesa por expor ao público os desejos mais vis e mais recônditos de suas personagens. A intenção de Laclos com este livro era escrever algo que tratasse do cotidiano, que chamasse a atenção e que permanecesse no gosto do público e na história literária, mesmo após sua morte.
Descrição
Obra em 2 tomos