Romances marítimos
Carregando...
Data
1881
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Livraria Contemporânea de Faro e Lino
Resumo
Francisco Maria Bordalo (Lisboa, 5 de maio de 1821 – Lisboa, 26 de maio de 1861), escritor e jornalista português, oficial da Marinha, entusiasta pelo mar desde criança, depois de tentar o romance histórico, enveredou pelo “romance marítimo”, gênero de grande difusão na segunda metade do século XIX, em vista das viagens exploratórias empreendidas pelas grande potências européias (Inglaterra, França, Alemanha). Inspirado em Eugène Sue, e na esteira do americano Fenimore Cooper e do inglês Frederick Marryat, Bordalo passa a publicar, a partir de 1846, em revistas românticas portuguesas, como O Panorama e Revista Popular, a série das narrativas que têm o mar como tema, reunidas, postumamente, em três volumes, sob o título Romances Marítimos, publicados os dois primeiros pela editora Chardron, do Porto, em 1880, e o terceiro, pela Livraria Contemporânea de Faro & Lino, do Rio de Janeiro, em 1881. Luís Augusto Rebelo da Silva, que assina a carta publicada no terceiro volume da série, em comentário às novelas Eugênio e Sansão na Vingança!, parabeniza Francisco Bordalo que, enquanto escritor português, soube fazer jus ao passado marítimo de Portugal, berço dos grande navegadores e de majestosas conquistas na África e na Ásia. Embora fracos quanto à estrutura narrativa, os romances marítimos de Bordalo ganham interesse na descrição de certas operações e aventuras navais, cabendo destacar a narrativa “Cenas da Escravatura”, publicada no volume II, baseada em situações observadas pelo autor quando esteve no Brasil, e na qual Francisco Bordalo se posiciona em relação a diversos aspectos da escravidão branca e negra.